domingo, 23 de dezembro de 2012
Pedir demais
Ando muito carente, preciso de um peito aberto e não de um par de pernas.
Anda muito difícil encontrar alguém para ter cinco minutos de conversa, um carinho, um aconchego. É difícil encontrar alguém que não esteja fingindo ou jogando, alguém que apenas ame, e nada mais. Queria um amor de verdade, não igual aos dos filmes, não, queria algo real, intenso, e principalmente reciproco.
É muito devaneio, muita ilusão. Ah, é pedir demais.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
A única que eu amei
" Faz algum tempo..." - lhe disse com voz firme. Fazia muito tempo que não nos víamos e céus, ela continuava linda, mas havia mudado muito. Estava mais magra, umas olheiras profundas, coisas que não reparei logo de cara. Ela exibia uma aparência um pouco mais doentia. Mas ainda era apaixonante, ao menos para mim, que já era perdidamente apaixonado.
E todo o silêncio que ela fazia aumentava ainda mais minha curiosidade. Quais coisas novas ela teria vivenciado ? Quais experiências poderia compartilhar ?
Até seu cheiro já não era mais o mesmo, mas com o passar dos minutos acabei me conformando com o novo. Quando começou a me contar das coisas que havia passado, contemplei, com devota admiração a curva dos lábios as marcas de expressão, não conseguia ver defeitos naquela criatura imperfeita. Sua voz sempre fora fina e vacilante, estava um pouco mais rouca agora.
Quem nos via conversar naquele banco de praça, ficava imaginando que diabos um homem como eu, via em uma mulher como aquela. No fundo, essa resposta eu também não possuía Mas a única verdade é que não importava quantos cortes de cabelo ela fizesse, quantas gírias aprende-se, quantas drogas usa-se, aos meus olhos sempre seria aquela que conheci há dois anos atrás, aquela que amei muito antes de beijar, aquela que ainda amo, muito tempo depois de ter pedido.
E todo o silêncio que ela fazia aumentava ainda mais minha curiosidade. Quais coisas novas ela teria vivenciado ? Quais experiências poderia compartilhar ?
Até seu cheiro já não era mais o mesmo, mas com o passar dos minutos acabei me conformando com o novo. Quando começou a me contar das coisas que havia passado, contemplei, com devota admiração a curva dos lábios as marcas de expressão, não conseguia ver defeitos naquela criatura imperfeita. Sua voz sempre fora fina e vacilante, estava um pouco mais rouca agora.
Quem nos via conversar naquele banco de praça, ficava imaginando que diabos um homem como eu, via em uma mulher como aquela. No fundo, essa resposta eu também não possuía Mas a única verdade é que não importava quantos cortes de cabelo ela fizesse, quantas gírias aprende-se, quantas drogas usa-se, aos meus olhos sempre seria aquela que conheci há dois anos atrás, aquela que amei muito antes de beijar, aquela que ainda amo, muito tempo depois de ter pedido.
Preciso lembrar que eu existo
Tempos difíceis.
É, parecia que sim. A noite quente, a chuva fina, tudo fora de ordem. Mundo estranho.
Escrevo sem muita vontade, com os olhos pesados e a mente a milhão.
Passo a mão pelos cabelos ralos, olho pro relógio, enfim, mais uma noite sem dormir.
Devo estar alucinando, mas ouvi lá fora, alguém gritar meu nome. Aumentei o volume da música, mas o chamado aumentou também.
O que será que está acontecendo ?
Uma pressão estranha no peito, uma explosão invisível, só eu senti.
Meu mundo particular está agitado, mas não é felicidade, é desespero.
Novamente alguém grita meu nome, e agora ainda mais alto, ainda mais perto.
Procurei em baixo da cama, nada ali.
Dentro dos armários, muitos monstros, mas nenhum com voz parecida com aquela.
Me sentei na cama frustrado por não encontrar nada... Foi quando, descobri de onde vinha tal barulho. Meus músculos se retraíram meus olhos se encharcaram. Era o meu coração, me pedindo socorro, me pedindo para lembrar que eu existo.
É, parecia que sim. A noite quente, a chuva fina, tudo fora de ordem. Mundo estranho.
Escrevo sem muita vontade, com os olhos pesados e a mente a milhão.
Passo a mão pelos cabelos ralos, olho pro relógio, enfim, mais uma noite sem dormir.
Devo estar alucinando, mas ouvi lá fora, alguém gritar meu nome. Aumentei o volume da música, mas o chamado aumentou também.
O que será que está acontecendo ?
Uma pressão estranha no peito, uma explosão invisível, só eu senti.
Meu mundo particular está agitado, mas não é felicidade, é desespero.
Novamente alguém grita meu nome, e agora ainda mais alto, ainda mais perto.
Procurei em baixo da cama, nada ali.
Dentro dos armários, muitos monstros, mas nenhum com voz parecida com aquela.
Me sentei na cama frustrado por não encontrar nada... Foi quando, descobri de onde vinha tal barulho. Meus músculos se retraíram meus olhos se encharcaram. Era o meu coração, me pedindo socorro, me pedindo para lembrar que eu existo.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
História de Canudos
Ela é só uma garota que tem medo de crescer. Hey Peter Pan da cocaína, tente respirar fundo, se ainda conseguir.
Oh, meu Deus !
Ela não pode estar fazendo isso apenas para chamar a atenção. Pode ? Alguém diga a essa menina que o espetáculo está perdendo a graça e que o teatro está esvaziando. Vamos para o clímax ! Alguém morra, por favor. Um homem impaciente na plateia, observando o show por trás de seus óculos e bigode. "HEY SENHOR, GOSTARIA DE PARTICIPAR DE UM SUICÍDIO MODERNINHO ? ". Perdão, tive que gritar.
Ele sorriu, parece satisfeito.
Okay, vamos resolver todos os seus problemas, estique sobre a mesa a solução. Pronto, e agora, como se sente ? Problemas resolvidos ? Não ? Foi o que pensei.
Vamos de novo. Gostaria de lutar, ou prefere morrer ? As pessoas a sua volta estão esperando uma overdose, de a eles o que querem, vá, se entregue. Isso lotara a bilheteria.
Me de minhas navalhas
- Você está bem ? - ele me perguntou com um sorriso forçado nos lábios.
- Não sei … - Respondi com um suspiro. Realmente não sabia. Estava bem, ou quase, enquanto não estava sozinha, rodeada de pessoas a dor continuava ali, mas ao menos se escondia um pouco. Mas e quando eu ficasse sozinha ? Estressalharia meus braços como que tentando arrancar toda aquela dor com o sangue que escorria e manchava o chão. E agora, o show começava. Desculpe mãe, desculpe, para todos que prometi que nunca mais faria isso. Mas quando a navalha entra em ação é quase impossível parar. Sou viciada, existe uma clinica para isso ? Quem sabe se me jogarem em um manicômio… Droga, a dor está brotando dos cortes, mas nunca vai embora, nunca vai.
E só entende quem já passou por isso (…)
- Não sei … - Respondi com um suspiro. Realmente não sabia. Estava bem, ou quase, enquanto não estava sozinha, rodeada de pessoas a dor continuava ali, mas ao menos se escondia um pouco. Mas e quando eu ficasse sozinha ? Estressalharia meus braços como que tentando arrancar toda aquela dor com o sangue que escorria e manchava o chão. E agora, o show começava. Desculpe mãe, desculpe, para todos que prometi que nunca mais faria isso. Mas quando a navalha entra em ação é quase impossível parar. Sou viciada, existe uma clinica para isso ? Quem sabe se me jogarem em um manicômio… Droga, a dor está brotando dos cortes, mas nunca vai embora, nunca vai.
E só entende quem já passou por isso (…)
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Acho que fica bonito no texto
Eu não te amava, mas ficou bonito no contexto, no texto.
Eu não te amava, porque se amasse teria insistido mais.
Eu não te amava, mas te queria.
Agora eu não te amo e não te quero.
Eu não te amava, me desculpa por falar.
Eu não te amava, mas era bonito dizer.
Uma verdade sobre discussões
Na teoria é simples, você só precisa ser superior, e ignorar. Na prática é muito mais ódio, é muito mais raiva, é mais difícil manter a pose e a elegância. Quando você se da conta já alterou a voz e já explodiu. Bom, que se foda
domingo, 9 de dezembro de 2012
Pra ver que não é nada sério
Sem graça, sem casa, sem nada.
Era assim que me sentia, nos últimos dias, quentes demais para conseguir pensar. Vivia noites inteiras durante o dia.
Verdadeiro breu psicológico.
Alivia a minha dor por um tempo, mas logo me deixa em uma hemorragia perpétua. Adeus, adeus. Os pontos do pulso se abriram. O chão está se tornando rubro. E a culpa deve ser minha. Vão dizer, eu sei que amanhã estará nos jornais. E se ler saiba apenas que não tive a intenção.
Skyfall
E parece que o mundo vai acabar esta noite.
O céu se abre, o chão também. Cortaram nossas asas. Estamos caindo, tão fundo, tão, tão, tão fundo.
Eu queria ter sua mão para segurar, mas tu me soltou, e agora caímos separadamente, para o mesmo fim.
A fumaça vermelha se espalha. Cheiro de rosas, que não são de amor, são de perda, são de morte. Quem morreu ? Ora, fomos nós. Morremos, querido. Seria romântico se não fosse psicótico. Mas que se danem os métodos e os médicos, morremos e agora não se há o que fazer, não se há conselhos a receber, ou avaliações, comportamento ou postura. Não adianta o dinheiro, não adianta o status, não adianta o poder. Morremos, e não sobrou nada.
Enterrem.
Este lugar me faz lembrar minha infância. As horas que passava sozinha, com amigos imaginários, porém tangíveis. A casa sempre tão triste. O problema era eu.
Abram as janelas, será um bonito espetáculo, como o por-do-sol, que você prometeu me mostrar. Nunca mostrou.
E agora morremos. É o fim ? O nosso sim.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Lei da inércia
Tenho passado por um momento difícil chamado "vida". Chega um ponto, quase todos os meses, em que a solidão se torna vibrante.
Meus cabelos estão caindo, mas eu também estou, por isso não me importo. Algo haver com a lei natural das coisas.
Vivo sobre a lei da inércia.
Hoje, me desesperei, tão profundamente que pensei que quatro comprimidos iriam resolver. Que nada.
Da próxima vez aumento a dose.
Estou fraca.
Dormir quinze horas, e acordar cansado, esgotado, querendo ficar na cama até apodrecer, não me parece saudável E esse calor que faz lá fora ? Apenas piora, apenas piora. Não tenho mais fome, pois entendi que o vazio dentro de mim não se resolve com comida. Mas tenho sede, como nunca tive antes. Talvez seja o calor, ou quem sabe seja eu quem está queimando por dentro.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Extra, a moça bonita se atirou pela janela
" É uma tragédia ! " - ouvi curiosos dizendo. A moça bonita, se atirou da janela. Não restou beleza, estendida no asfalto.
" Era uma menina tão linda ! " - Ouvi uma mulher gorda dizendo.
Me aproximei. Chamem os bombeiros, chamem a policia. Não, parem, alguém deveria ter chamado um terapeuta.
Incrível, ainda que mortos, os olhos eram tristes.
Oh, que pena, que pena que me deu.
Uma tristeza apaixonante. Que suicídio romântico ! Deveria ter sido por um coração partido. Tão quebrada quando seu coração. Oh, que tragédia, a menina doce, se atirou pela janela. Onde está o noivo ?
Deve ser aquele que enxuga os olhos com a manga da blusa. Esperem, onde ele estava quando ela se arremessou no asfalto ?
Oh, que tragédia !
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Rain, rain, go away
Rain, Rain ... ♪♫
Não sei cantar o resto da música, mas acho que no momento é esse que cabe.
Está chovendo, abram seus guarda-chuvas, mas segurem suas emoções. Horário nacional da ilusão.
Está chovendo, querida ! Vamos, dance ! Gaste teus sapatos; Pulo nas poças; Corra como uma criança. Só não tropece, apenas não caia.
Está chovendo, meu amor ! Coloque uma música ainda mais triste do que chuva. Acenda seu cigarro, beba seu café. Porque a chuva serve para isso hoje em dia. Muito mainstream...
Rain, Rain, go away ♪♫
A me lembrei mais um trecho !
Essas chuvas de verão, passageiras, como de passagem também estamos. Todos estão.
Pequenas pancadas a tarde, superadas com alegria e otimismo. Grandes tempestades a noite, vividas com aperto no coração. Ouvi um trovão, que anunciou a hora da partida. Vá então, querida.
O céu esconde segredos, que de vez em quando, caem sobre a cidade levantando poeira. Apenas quem já correu na chuva, sentiu.
domingo, 2 de dezembro de 2012
Jogue os dados querido
Me mostre ao menos uma vez, o motivo pelo qual, você luta por esse jogo, onde não há vencedores. Todos nós acabamos sendo perdedores de um jogo infiel. Todas as palavras que sei dizer, não falam mais por mim. Coloque uma música bonita, triste como é triste o mundo fora das quatro paredes do teu quarto. Deixe que o som te embale, mas não se abale, caso descubra que a vida não é nada demais.
Nada demais. Parei de olhar para o céu, minha esperança se esgotou. Que o tempo passe depressa, mas sinto que as horas não vão passar nunca mais.
Volte cinco casas, recupere seu coração que se perdeu no caminho, e pare, pare de quebrar o meu.
Nada demais...
Boneca de Porcelana
Boneca de porcelana ... Que me deixastes a beira do abismo.
Linda, tão misteriosa, tão delicada. Que me deixastes em frenesi.
Boneca de porcelana, possuída por um espirito cruel. Feriu, estraçalhou, partiu, meu coração, partiu do meu coração. Entusiasmei, morri. Te conheci e tão logo te perdi. Boneca de Porcelana, a mais linda da minha coleção, a mais importante, a única que criou vida e saiu da minha estante cheia de poeira. Adeus, eu nem te disse. Minha pequena Boneca de Porcelana, meu coração tem me feito tantas perguntas que não sei responder. Estou enlouquecendo com a falta daquela droga, que sutilmente tu me injetava.
Gritando apenas para que meu sofrimento não sofra em vão. Minha Boneca de Porcelana, eu deveria ter previsto, bonecas de porcelana não tem coração.
Borboleta preta
Ouvia-se da cozinha o som dos pratos batendo no fundo do armário. A sim, era domingo, e provavelmente a mãe estava preparando uma macarronada saborosa. Um tempo depois ouviu pequenos pés correndo pelo corredor. Ótimo, os familiares chegaram para o tipico almoço de domingo. Familiares que a fariam milhares de perguntas, que no momento custa responder.
Seria uma tarde de chateações...
Se levantou sem vontade, para não ter que acordar pela vontade do pai, batendo impaciente na porta do quarto. Ajeitou o cabelo de qualquer jeito, vestiu a primeira roupa que encontrou pelo chão.
Caminhou até a cozinha e como um peso morto se atirou na cadeira. Não estava com fome, mas era melhor engolir a comida, mesmo sem sentir o mínimo gosto, mesmo sem ter a menor vontade. Hora ou outra forçava um sorriso, ria, dos risos mais forçados, de alguma piada de um tio seu.
Tudo para não chamar a atenção para a sua total falta de alegria.
A noite, quando todos foram embora, ela fechou a porta, se atirou na cama e tentou adormecer. Meio zonza, abriu os olhos. Um estranho inseto foi ganhando forma. Uma borboleta preta, parada a alguns palmos do seu nariz, olhava, com aqueles olhinhos monstruosos para ela, pousada no abajur ao lado da cama. Pelo que ela se lembrava, esses insetos anunciavam morte, mas naquela noite a borboleta havia chegado atrasada, pois ela havia morrido na noite anterior.
sábado, 1 de dezembro de 2012
A Chuva que Molha Nossos Pés
Está chovendo nesta cidade, como se fosse chover a vida inteira. A minha única verdade era uma mentira. Estou pedindo para a chuva levar tudo isso da minha mente e deixar que o sol da manhã me aqueça.
A chuva me lembra você. Embora, não faça muito sentido. Acho que não existe nada que não me lembre você. Há ainda algumas coisas para arrumar, mas a noite nunca esteve tão escura. Amanhã eu termino, se tiver coragem, mas acho que não.
Fiz um pouco de café hoje, quando me dei conta, coloquei duas xícaras a mesa... Você não esta aqui.
E a chuva continua dissolvendo a cidade e amolecendo os corações. Onde está você ? Cuidado com a chuva, de repente ela pode te causar um resfriado, em mim, ela só causa saudades.
Meu jeito Sépia de viver
Ele me pediu um tempo para pensar. As nuvens carregadas descarregaram toda a água em cima de mim. Olhei pela janela, nada pude ver. A casa toda escura. Minha música, meus cigarros, e a chuva, foram só o que sobraram.
Ele me disse que precisava voar. Não entendi como, pois sem ele perco minhas asas. Mas soltei as amarras, o libertei das coleiras, deixei que se fosse. Aguentando a vida, como se tivesse um peso ainda maior, sem ninguém para me ajudar a suportar. Passo horas olhando para o relógio e esperando, em vão, o telefone tocar, na sala escura, e bagunçada. Nunca tocou.
Te guio por pensamento, te espero, como um mendigo espera por algum trocado, sentado numa esquina qualquer. Era para ser romântico, mas você me conhece bem, e sabe que esse é meu jeito sépia de viver.
E onde está o nosso amor clichê ?
Virou piada, conversa fiada de mesa de bar.
Era para ser grande, agora é apenas grandiosamente triste.
Será que tu me escuta gritar teu nome em cada texto que escrevo ?
E quando se cansar de voar, volta pra casa... Até agora, não sai do lugar.
Ele me disse que precisava voar. Não entendi como, pois sem ele perco minhas asas. Mas soltei as amarras, o libertei das coleiras, deixei que se fosse. Aguentando a vida, como se tivesse um peso ainda maior, sem ninguém para me ajudar a suportar. Passo horas olhando para o relógio e esperando, em vão, o telefone tocar, na sala escura, e bagunçada. Nunca tocou.
Te guio por pensamento, te espero, como um mendigo espera por algum trocado, sentado numa esquina qualquer. Era para ser romântico, mas você me conhece bem, e sabe que esse é meu jeito sépia de viver.
E onde está o nosso amor clichê ?
Virou piada, conversa fiada de mesa de bar.
Era para ser grande, agora é apenas grandiosamente triste.
Será que tu me escuta gritar teu nome em cada texto que escrevo ?
E quando se cansar de voar, volta pra casa... Até agora, não sai do lugar.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Completando uma história incompleta, mas não é o fim
Nem Joana, nem Letícia.
Lucas estava perdido, vagando pelo mundo como um ser sem lar. Perdido em drogas, cercado de amigos inúteis. Jogara fora todo amor do mundo.
Namorava uma vagabunda, lhe traia com piores. Ignorava qualquer conselho. Se perdeu, e perdeu tudo.
O que de fato ele queria ? Chamar atenção ?
Será que nem ele sabia ?
Cada dia que passava sua aparência ia se tornando ainda mais doentia. Nos olhos, aqueles esverdeados pelos quais Joana se apaixonou, todo o brilho se apagara, se tornaram foscos, mortos, e inúteis, pois ele não via mais nada na escuridão do fundo do poço onde agora, fazia morada.
Joana ainda o amava. Mesmo que o amar fosse um completa perda de tempo, uma completa inutilidade, pois como já disse, ele não queria o amor de ninguém. Ainda sim, sem que fosse proposital, ela amava. Ouvia aflita, todos os dias, as notas de falecimento, temendo sempre, que o nome dele fosse citado. Mas nada adiantava, nada, além dele mesmo, poderia o salvar.
Acalme-se Joana, logo tudo isso vira poeira e se perde no deserto. Só mais um, e nada mais.
Lucas estava perdido, vagando pelo mundo como um ser sem lar. Perdido em drogas, cercado de amigos inúteis. Jogara fora todo amor do mundo.
Namorava uma vagabunda, lhe traia com piores. Ignorava qualquer conselho. Se perdeu, e perdeu tudo.
O que de fato ele queria ? Chamar atenção ?
Será que nem ele sabia ?
Cada dia que passava sua aparência ia se tornando ainda mais doentia. Nos olhos, aqueles esverdeados pelos quais Joana se apaixonou, todo o brilho se apagara, se tornaram foscos, mortos, e inúteis, pois ele não via mais nada na escuridão do fundo do poço onde agora, fazia morada.
Joana ainda o amava. Mesmo que o amar fosse um completa perda de tempo, uma completa inutilidade, pois como já disse, ele não queria o amor de ninguém. Ainda sim, sem que fosse proposital, ela amava. Ouvia aflita, todos os dias, as notas de falecimento, temendo sempre, que o nome dele fosse citado. Mas nada adiantava, nada, além dele mesmo, poderia o salvar.
Acalme-se Joana, logo tudo isso vira poeira e se perde no deserto. Só mais um, e nada mais.
Já devo ter falado isso milhares de vezes
Eu não amo ninguém.
É uma afirmação um pouco pretensiosa... É, pode ser. Mas quem ama tudo, não ama nada, quem quer tudo, acaba sem nada. E ah, querido, eu me encaixo nisso e em mais lugar nenhum. Eu devo ser muito ruim. O suficiente pra não conseguir sentir falta dele. Ele era um cara legal, mas nunca soube lidar com esse tipo. Alias, não sei lidar com nada. Pode falar que a culpa é minha, de certo modo, não me importo.
A essa altura, só consigo pensar que, de fato, não amo ninguém.
Muitos amores platônicos; Muitos amores pelo simples fato de serem impossíveis. Me divirto um tempo, me canso, não quero mais, desencano, parto pra outra... Ah querido, eu sou terrível.
Por isso fuja pra longe de mim, é o correto a se fazer. Não tente me mudar. E principalmente não espere nada desse ser romântico e incorreto que sou.
O amor que me perdoe, mas jamais vou perdoa-lo, por ser assim tão insuportavelmente ridículo e complicado. Que o amor me perdoe, mas eu não sei amar.
Hey 2012 volte aqui !
Queria escrever algo fascinante, que encha os olhos de quem leia, que faça pulsar o coração de quem entenda.
Mais um ano acaba.. e de novo aquela sensação de nunca sair do lugar.
Nas minhas nostalgias, só consigo me recordar de histórias inacabadas, e um ano que acaba vazio.
Queria escrever algo inspirador, mas que por favor minha vida não sirva de inspiração para ninguém.
Ei garoto, ainda é cedo para entregar os presentes, ainda é cedo para tanta falsidade, espere o natal chegar.
Você me olha, com os olhos faiscando de um brilho estranho. Eu te olho sem nada a declarar.
O tempo tem passado muito rápido, ou eu quem estou sempre dormindo pela vida.
Do que exatamente você pode se orgulhar ?
O que exatamente você possa dizer que valeu a pena ?
De 365 dias, quantos dias tu passou chorando ? Quantos dias foi feliz ? Quantas vezes quis morrer ?
365 dias ... Envelheci 10 anos, em 365 dias.
Ei garoto, ainda é cedo para tanta alegria ensaiada.
Quando os fogos explodirem no céu na madrugada do dia primeiro, a vida se iluminara por alguns instantes, uma esperança, com a cor dos rojões, se fará presente. Mas quando a bebedeira passar, no dia seguinte, o céu será aquele de sempre, aquele que sempre te deixa com aquela sensação de abandono.
365 dias, e eu nem sei se valeu a pena.
Queria escrever algo fascinante como os fogos coloridos numa noite de ano novo. Mas de que adianta um calendário novo, se a vida nunca muda ?
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Quinta-feira infeliz
Aquela manhã, quente, de quinta-feira, ela se levantou disposta a dar um rumo para sua vida. Caminhou, sonolenta, até a cozinha. Requentou o café. Odiava café requentado, mas enfim. Sentou-se numa cadeira do lado de fora da casa. Observava o céu, como quem pede abrigo, proteção. Olhava para o chão, como se nele visse as próprias pegadas, os caminhos que outrora lhe trouxeram aquele lugar. Silêncio. Nenhum pássaro cantou aquela manhã.
Mentalmente ela assobiava uma antiga canção. O telefone tintilou na sala...Que tocasse. Nada a tocava. Uma dor aguda lhe subiu ao peito, como se quisesse, de repente, explodir. Passou as mãos frias no rosto. Lágrimas carregadas de cansaço lhe pintaram a face e mancharam qualquer resquício de esperança. Ele partira, e rasgara todos os os mapas, quebrara todas as bússolas, e aquela manhã não ventava. Ela estava sem rumo. Onde ficava o norte ? Em frente, enfrente. Não dava. Seus pés se fincaram como âncoras. Era apenas mais uma perdida em auto mar. Logo toda a água não significaria mais nada. Logo ela morreria em vão.
Não adiantava. Não tinha salvação. Não existiam caminhos para se seguir. Não existia mais vida para se mudar.
Só nos sonhos
"Era mentira" - era só nisso que ela conseguia pensar. A vida que sonhara ter, era mentira. As esperanças que tinha, eram ilusórias. O amor, inexistente. Melhor dormir, melhor. O mundo cruel dos homens não atinge o sono, pelo menos, por enquanto.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Rua de casa
Não há crianças na rua, tu devia estar aqui pra ver. Não há brincadeiras na rua. As crianças começaram a sofrer mais cedo. Não entendo, mas há muitas outras coisas que também se embaçam quando busco por sentidos.
Acho que o mundo de hoje não lhe faria bem também. Quem sabe ? Não sei..
De qualquer forma, temo que os tempos piorem...
E de todas as coisas que teria para lhe dizer, talvez a única que caiba é que deu sorte de não estar aqui nos tempos de hoje.
Acho que o mundo de hoje não lhe faria bem também. Quem sabe ? Não sei..
De qualquer forma, temo que os tempos piorem...
E de todas as coisas que teria para lhe dizer, talvez a única que caiba é que deu sorte de não estar aqui nos tempos de hoje.
domingo, 25 de novembro de 2012
27
As vezes acho que já te amava antes de te conhecer . Amava-te como se ama um filho que ainda não nasceu. Amava a ideia te amar alguém como tu.
Eis então que de repente, em uma das passagens da vida tu apareceu, e no primeiro contato acho que lhe amei de novo.
Dias foram se passando, como os dias passaram rápido. De repente dois anos. E aqui estamos nós, mas você não está aqui de corpo e alma, apenas pelo meu pensamento constante, pelo meu desejo inexplicável, e pelo sentimento que protejo com garras e unhas.
Enfim, não sei se é "parabéns" ou "sinto muito"... Hoje já nem sei como é você. Logo eu, que sempre achei que te conhecia como as palmas das minhas mãos. Percebo que me enganei sobre tudo, e o que amei foi quem achei que tu era, quem idealizei. Quem amo, simplesmente não existe fora de mim.
Até logo, um dia eu sei que vamos nos ver, conversaremos como dois velhos amigos, que estão velhos demais para se compreender.
Por fim eu sei, que 27 é só mais um número para você.
Eis então que de repente, em uma das passagens da vida tu apareceu, e no primeiro contato acho que lhe amei de novo.
Dias foram se passando, como os dias passaram rápido. De repente dois anos. E aqui estamos nós, mas você não está aqui de corpo e alma, apenas pelo meu pensamento constante, pelo meu desejo inexplicável, e pelo sentimento que protejo com garras e unhas.
Enfim, não sei se é "parabéns" ou "sinto muito"... Hoje já nem sei como é você. Logo eu, que sempre achei que te conhecia como as palmas das minhas mãos. Percebo que me enganei sobre tudo, e o que amei foi quem achei que tu era, quem idealizei. Quem amo, simplesmente não existe fora de mim.
Até logo, um dia eu sei que vamos nos ver, conversaremos como dois velhos amigos, que estão velhos demais para se compreender.
Por fim eu sei, que 27 é só mais um número para você.
Que sono que me dá falar sobre mim
Tudo que eu escrevo é sobre os outros. E porque ?
Porque falar de mim é triste demais. Sou a parte da história que não gosto de lembrar; Aquele parágrafo que você pula e ninguém percebe, que não faz falta, que não completa em nada. Sou aquele capitulo mais triste do livro, aquele capitulo mais dramático da novela. Sou alguns minutos de desatenção, horas de observação. Vivo com a cabeça na lua, porque é só na lua que eu me encontro em paz.
Sou um amontoado de sentimentos estraçalhados. E ainda por cima, tudo isso é muito pouco para descrever, e ai está o motivo pelo qual não falo de mim.
Porque falar de mim é triste demais. Sou a parte da história que não gosto de lembrar; Aquele parágrafo que você pula e ninguém percebe, que não faz falta, que não completa em nada. Sou aquele capitulo mais triste do livro, aquele capitulo mais dramático da novela. Sou alguns minutos de desatenção, horas de observação. Vivo com a cabeça na lua, porque é só na lua que eu me encontro em paz.
Sou um amontoado de sentimentos estraçalhados. E ainda por cima, tudo isso é muito pouco para descrever, e ai está o motivo pelo qual não falo de mim.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Quando eu te vi fechar a porta.. ops plágio
Quando eu te vi indo embora, tive vontade de gritar "larga essa porra de mala no chão". Tive vontade de te abraçar. Tive vontade de te algemar a mim.
Você se foi, eu não fiz nada, tive vontade mas me faltou coragem.
Agora eu só te peço desculpa, meu amor. Por ter feito tão pouco.
Acendo um cigarro, deixo a chuva bater na janela e o eco se perder no vento. Tudo escuro. Nenhum sinal da tua luz. Tenho me sentido perdido, doente. Não grito nada para ninguém, apenas choro em silêncio, naqueles cantos vazios que me sobraram, na casa, no coração.
Preciso te esquecer, mas não quero. Esse é o meu maior dilema.
O cigarro vai queimando nos dedos enquanto a saudade queima no peito.
Um vicio só, não está sendo o suficiente para preencher os espaços que sua ida me deixou.
Perdoa amor, mas as únicas coisas que me mantem vivo são as que me matam.
Você se foi, eu não fiz nada, tive vontade mas me faltou coragem.
Agora eu só te peço desculpa, meu amor. Por ter feito tão pouco.
Acendo um cigarro, deixo a chuva bater na janela e o eco se perder no vento. Tudo escuro. Nenhum sinal da tua luz. Tenho me sentido perdido, doente. Não grito nada para ninguém, apenas choro em silêncio, naqueles cantos vazios que me sobraram, na casa, no coração.
Preciso te esquecer, mas não quero. Esse é o meu maior dilema.
O cigarro vai queimando nos dedos enquanto a saudade queima no peito.
Um vicio só, não está sendo o suficiente para preencher os espaços que sua ida me deixou.
Perdoa amor, mas as únicas coisas que me mantem vivo são as que me matam.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Pois então vai ...
Vai, mas não me pede pra sorrir, me alegrar, dançar, cantar...
Vai, mas não me pede pra esquecer, não querer, não te procurar, não sonhar com você.
Vai, mas não me pede, pra me apaixonar por um outro alguém, pra me entregar, pra recomeçar, pra viver.
Apenas pegue suas coisas e vai.
domingo, 18 de novembro de 2012
Bons dias ...
Houve um tempo em que a gente se dava tão bem. Você se lembra de como era divertido ?
De repente, a gente começou a se importar demais. Eu digo "a gente" mas sei que foi só eu. Temo, que os bons dias tenham ficado para trás. Ninguém seria capaz de entender o que acontece entre a gente, embaixo dos panos, as vezes, nem eu entendo.
"Eu te amo" - você sempre diz. Nunca duvidei, talvez no começo, mas agora parece que não importa o quanto eu acredite, a realidade sempre fica muito distante das tuas palavras.
Amor, amor... Nosso tempo está apenas começando ou será que já acabou ?
Eu deveria viver mais, me preocupar menos. Mas é inevitável, principalmente quando sei que você tem todo o controle da situação.
Você me manipula da forma que bem entender. E porque eu não resisto ? Porque bem, eu te amo. E talvez nas tuas manipulações e do seu jeito torto de gostar de mim, seja o único momento em que sei que é verdade, que tu também me ama. Quando você pediu para voltar, pensei que tudo ficaria bem, num estralo de dedos, não está sendo assim, você mudou, ou talvez, eu que esteja sentimental demais... Não, não, você mudou. Amadureceu ? Oh amor, por favor, não amadureça, há muito eu aprendi que crescer é esfriar, e como o meu café eu preciso de você quente, porque minha casa já é muito fria.
De repente, a gente começou a se importar demais. Eu digo "a gente" mas sei que foi só eu. Temo, que os bons dias tenham ficado para trás. Ninguém seria capaz de entender o que acontece entre a gente, embaixo dos panos, as vezes, nem eu entendo.
"Eu te amo" - você sempre diz. Nunca duvidei, talvez no começo, mas agora parece que não importa o quanto eu acredite, a realidade sempre fica muito distante das tuas palavras.
Amor, amor... Nosso tempo está apenas começando ou será que já acabou ?
Eu deveria viver mais, me preocupar menos. Mas é inevitável, principalmente quando sei que você tem todo o controle da situação.
Você me manipula da forma que bem entender. E porque eu não resisto ? Porque bem, eu te amo. E talvez nas tuas manipulações e do seu jeito torto de gostar de mim, seja o único momento em que sei que é verdade, que tu também me ama. Quando você pediu para voltar, pensei que tudo ficaria bem, num estralo de dedos, não está sendo assim, você mudou, ou talvez, eu que esteja sentimental demais... Não, não, você mudou. Amadureceu ? Oh amor, por favor, não amadureça, há muito eu aprendi que crescer é esfriar, e como o meu café eu preciso de você quente, porque minha casa já é muito fria.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Cansada de te ter pela metade
Fica.
Não, não é desse jeito que eu quero. Fica de verdade. Por inteiro, não pela metade. Me complete, ou me destrua de uma vez. Essa história está me matando lentamente. Fica, toma um café, um conhaque, fume um cigarro. Espera, também não é assim. Não tome nenhuma decisão enquanto bebe. Quer outro cigarro ? Precisa de um tempo para pensar ? Você me ama ? As vezes é realmente difícil de acreditar... É, você sabe. Não me solta, estou sem equilíbrio agora. A vida está de ponta cabeça. Tudo está confuso. Fica por inteiro, fica ? Você quer voar ? Então vai. Deixe um pouco de conhaque para mim, quando sair. A vida vai ser um porre até você voltar, se você voltar.
Não, não é desse jeito que eu quero. Fica de verdade. Por inteiro, não pela metade. Me complete, ou me destrua de uma vez. Essa história está me matando lentamente. Fica, toma um café, um conhaque, fume um cigarro. Espera, também não é assim. Não tome nenhuma decisão enquanto bebe. Quer outro cigarro ? Precisa de um tempo para pensar ? Você me ama ? As vezes é realmente difícil de acreditar... É, você sabe. Não me solta, estou sem equilíbrio agora. A vida está de ponta cabeça. Tudo está confuso. Fica por inteiro, fica ? Você quer voar ? Então vai. Deixe um pouco de conhaque para mim, quando sair. A vida vai ser um porre até você voltar, se você voltar.
Um dia de um cotidiano infernal
Estava tudo calmo... Parecia estar. Pela janela, ela via o céu brilhar lá fora, e a vida correr como quem está atrasado para alguma reunião. Dentro da casa, o cachorro abanava o rabo contente; Sua mãe preparava uma torta "Não coloque o dedo na massa ! " - ela dizia ao filho mais novo.
O pai assistia o jornal de esportes, reclamando quando falavam mau do seu time.
Ela fechou a porta do quarto, e colocou uma canção de fundo para os seus pensamentos conturbados. Se atirou na cama novamente, cobriu a cabeça, como se isso adianta-se para alguma coisa.
"Que droga" - reclamou em voz baixa.
Quem seria ligando para ela ?
Tanto fazia, ela não atenderia. Até porque a única pessoa com quem queria falar não se dava nem ao trabalho de pedir seu telefone.
" Você está bem ? " - perguntava sua mãe com voz de preocupação. Ela concordava com a cabeça e discordava com o coração. Mas de que importa ? Se quem importa, não se importa.
Tinha se lembrado de trancar a porta do quarto ? Não, não tinha. O pai estava com a cabeça metida no quarto com a porta entre aberta. "Parece que nada que a gente faz te anima" a frase era agressiva, mas a voz era suave. Ela tinha pena dos pais, sempre faziam de tudo por ela... Era infeliz, sem motivo para ser, e isso a deprimia cada vez mais.
Se ao menos ele se importasse...
Mas tanta gente se importava, e porque era dele que ela queria atenção ?
"Sou uma idiota" - pensou. Depois apenas adormeceu. Pelo menos nos sonhos o mundo era do jeito que ela queria. E tudo que ela queria era apenas um pouco de amor. Era pedir demais ?
O pai assistia o jornal de esportes, reclamando quando falavam mau do seu time.
Ela fechou a porta do quarto, e colocou uma canção de fundo para os seus pensamentos conturbados. Se atirou na cama novamente, cobriu a cabeça, como se isso adianta-se para alguma coisa.
"Que droga" - reclamou em voz baixa.
Quem seria ligando para ela ?
Tanto fazia, ela não atenderia. Até porque a única pessoa com quem queria falar não se dava nem ao trabalho de pedir seu telefone.
" Você está bem ? " - perguntava sua mãe com voz de preocupação. Ela concordava com a cabeça e discordava com o coração. Mas de que importa ? Se quem importa, não se importa.
Tinha se lembrado de trancar a porta do quarto ? Não, não tinha. O pai estava com a cabeça metida no quarto com a porta entre aberta. "Parece que nada que a gente faz te anima" a frase era agressiva, mas a voz era suave. Ela tinha pena dos pais, sempre faziam de tudo por ela... Era infeliz, sem motivo para ser, e isso a deprimia cada vez mais.
Se ao menos ele se importasse...
Mas tanta gente se importava, e porque era dele que ela queria atenção ?
"Sou uma idiota" - pensou. Depois apenas adormeceu. Pelo menos nos sonhos o mundo era do jeito que ela queria. E tudo que ela queria era apenas um pouco de amor. Era pedir demais ?
Sem pé nem cabeça, uma história não romântica
Vim até aqui para fazer uma coisa, mas agora que cheguei, toda a minha coragem desapareceu.
Eu pretendia te deixar, mas sei que mesmo que diga que não te quero mais, meu coração vai te chamar todas as noites, e minha cabeça vai pesar quando deitar no travesseiro. Eu sei que vou lembrar, e vou querer nunca ter sido idiota o bastante para lhe dizer adeus. Você nunca partira de mim, não inteira.
Não tenho coragem. Mesmo que a cada dia que passa esteja ficando ainda mais difícil suportar. É inquietante e desesperadora a maneira com que, a cada dia que passa, você vai ficando ainda mais distante. Uma distância que não se mete em quilômetros ou milhas, mas que arde e queima, bem aqui, no meu peito.
Me diga qualquer clichê, preciso ouvir, algo que me faça ficar.
As vezes eu temo, que eu não seja pra você nem a metade do que tu é para mim. E tem vezes que é exatamente isso que me demonstra.
Quando eu te disse que eramos livres, não estava contando com a possibilidade de você levar isto a sério. Muito pelo contrário, eu esperava que isso te prendesse a mim. Sou egoísta. Perdão, amor.
Se isso fosse um filme, eu te deixaria, mas depois com qualquer frase feita te teria de volta. Na vida real, se eu desistir agora vou ter perdido pra sempre. Ah, não suporto perder.
Eu vim até aqui, minha intenção nunca foi desistir de nós. Mesmo que "nós" as vezes fique parecendo utopia. Você não é minha, não é de ninguém, é de todo mundo, e não, eu não suporto isso.
Odeio quando alguém te chama das coisas que eu te chamo. Odeio todos os seus amigos, porque eles podem te ver todos os dias. Odeio quando você fala com alguém da mesma forma que fala comigo. Isso faz parecer que no fundo, realmente, eu sou só mais um. Não aguento isso.
Diga, qualquer coisa, que me faça dar meia volta e desistir de desistir de qualquer história mau contada que existe entre nós.
Eu pretendia te deixar, mas sei que mesmo que diga que não te quero mais, meu coração vai te chamar todas as noites, e minha cabeça vai pesar quando deitar no travesseiro. Eu sei que vou lembrar, e vou querer nunca ter sido idiota o bastante para lhe dizer adeus. Você nunca partira de mim, não inteira.
Não tenho coragem. Mesmo que a cada dia que passa esteja ficando ainda mais difícil suportar. É inquietante e desesperadora a maneira com que, a cada dia que passa, você vai ficando ainda mais distante. Uma distância que não se mete em quilômetros ou milhas, mas que arde e queima, bem aqui, no meu peito.
Me diga qualquer clichê, preciso ouvir, algo que me faça ficar.
As vezes eu temo, que eu não seja pra você nem a metade do que tu é para mim. E tem vezes que é exatamente isso que me demonstra.
Quando eu te disse que eramos livres, não estava contando com a possibilidade de você levar isto a sério. Muito pelo contrário, eu esperava que isso te prendesse a mim. Sou egoísta. Perdão, amor.
Se isso fosse um filme, eu te deixaria, mas depois com qualquer frase feita te teria de volta. Na vida real, se eu desistir agora vou ter perdido pra sempre. Ah, não suporto perder.
Eu vim até aqui, minha intenção nunca foi desistir de nós. Mesmo que "nós" as vezes fique parecendo utopia. Você não é minha, não é de ninguém, é de todo mundo, e não, eu não suporto isso.
Odeio quando alguém te chama das coisas que eu te chamo. Odeio todos os seus amigos, porque eles podem te ver todos os dias. Odeio quando você fala com alguém da mesma forma que fala comigo. Isso faz parecer que no fundo, realmente, eu sou só mais um. Não aguento isso.
Diga, qualquer coisa, que me faça dar meia volta e desistir de desistir de qualquer história mau contada que existe entre nós.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Ah, como eu fui me apaixonar ?
Quando eu falo que não entendo como você me aguenta, eu não estou querendo elogios, não estou querendo confete, estou falando sério... realmente, não entendo.
Logo você, todo mulherengo, que gosta de ser livre... Como foi que se prendeu em mim ? Como foi que se deixou levar e se apaixonou ?
E logo eu, que jurei que nunca mais diria um "eu te amo". Eu não me canso de falar. Mas as vezes sinto que tu não aguenta mais ouvir.
É por isso que as vezes do nada eu viro a pessoas mais desconfiada do mundo. É por isso que do nada meu humor muda. Tenho medo de acabar falando demais e as palavras acabarem ficando mudas. Meu maior medo talvez seja você cansar de mim, como sempre acontece.
Odeio saber que você está por ai, a estas horas, com outra pessoa. Odeio. Ao mesmo tempo entendo, e tento ser o mais compreensível possível. Mas as vezes é difícil. Desculpa.
Ah, como eu fui me apaixonar por você ?
Logo eu, que não sei lidar.
Logo você, todo mulherengo, que gosta de ser livre... Como foi que se prendeu em mim ? Como foi que se deixou levar e se apaixonou ?
E logo eu, que jurei que nunca mais diria um "eu te amo". Eu não me canso de falar. Mas as vezes sinto que tu não aguenta mais ouvir.
É por isso que as vezes do nada eu viro a pessoas mais desconfiada do mundo. É por isso que do nada meu humor muda. Tenho medo de acabar falando demais e as palavras acabarem ficando mudas. Meu maior medo talvez seja você cansar de mim, como sempre acontece.
Odeio saber que você está por ai, a estas horas, com outra pessoa. Odeio. Ao mesmo tempo entendo, e tento ser o mais compreensível possível. Mas as vezes é difícil. Desculpa.
Ah, como eu fui me apaixonar por você ?
Logo eu, que não sei lidar.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Parece que o poeta se apaixonou
E desde o dia que você voltou o mundo ganhou um tom azulado.
Quanto tempo a gente tá nessa ?
Por quanto tempo isso vai durar ?
Por mim, pra sempre, é pouco.
Sem promessas, sem coleiras, apenas amor, não é ?
Todos vão da minha vida, mas você tem resistido a regra como ninguém. Me de a mão, me de seu braço, me de seu corpo, me entregue sua alma. A gente tem todo o tempo do mundo.
Eu sempre me arrepio com essa parte da música "E ao final de tudo você vai ouvir falar de nós". Um dia, eu sei que não vou precisar medir as palavras que uso, um dia eu sei que vou poder colocar seu nome nas declarações que faço mas que deixam no "ar" para quem é. Um dia eu sei que finalmente eu vou poder gritar pro mundo que eu te amo. Mas tu sempre parece saber.
Ei garoto, essa coisa que sinto por você, tão embaraçada, cresce desenfreada cada dia mais. Agora, desistir de você, seria desistir de mim.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Volte sempre
Ei amor..
Senti sua falta. É, eu sei que foram apenas alguns duas, sequer se completaram duas semanas, só que a saudade que me corroeu fez parecer séculos. Todas as noites eu olhava para o céu. Você sabe que não rezo, né ? Mas olhava para o céu pois sempre te disse que era nele que você podia me encontrar nas noites solitárias, afinal, o céu nos une como um só. Confesso que não chorei, embora as vezes me batesse um leve desespero e uma vontade incontrolável de ter alguma noticia tua. Me mantive firme. No fundo sabia que aquele não era o fim de nada, e ainda mais, sabia que podia confiar em ti. Eu disse que te esperaria, e esperei, mesmo com o coração pulsando lento. Hoje mesmo, antes de ler a mensagem que tu me deixou, estava pensando nos momentos agradáveis que passamos juntos. Nessas horas é que percebo o quão grande é o amor que sinto por você, e que sinto que também sentes por mim. Então me acalmei, pensando que algo assim não morre de repente. Não é ? Você sabe todas as coisas que quero te dizer agora, mas ainda assim quer que eu diga. Na hora, confesso, que minha emoção fora tamanha que um nó fechou minha garganta e algumas lágrimas encheram meus olhos. Enfim, é bom que esteja de volta. Melhor ainda é saber que a falta que me fez foi a falta que fiz pra você. Enfim, só pra finalizar. Fique quanto quiser, e volte sempre.
Eu te amo.
Senti sua falta. É, eu sei que foram apenas alguns duas, sequer se completaram duas semanas, só que a saudade que me corroeu fez parecer séculos. Todas as noites eu olhava para o céu. Você sabe que não rezo, né ? Mas olhava para o céu pois sempre te disse que era nele que você podia me encontrar nas noites solitárias, afinal, o céu nos une como um só. Confesso que não chorei, embora as vezes me batesse um leve desespero e uma vontade incontrolável de ter alguma noticia tua. Me mantive firme. No fundo sabia que aquele não era o fim de nada, e ainda mais, sabia que podia confiar em ti. Eu disse que te esperaria, e esperei, mesmo com o coração pulsando lento. Hoje mesmo, antes de ler a mensagem que tu me deixou, estava pensando nos momentos agradáveis que passamos juntos. Nessas horas é que percebo o quão grande é o amor que sinto por você, e que sinto que também sentes por mim. Então me acalmei, pensando que algo assim não morre de repente. Não é ? Você sabe todas as coisas que quero te dizer agora, mas ainda assim quer que eu diga. Na hora, confesso, que minha emoção fora tamanha que um nó fechou minha garganta e algumas lágrimas encheram meus olhos. Enfim, é bom que esteja de volta. Melhor ainda é saber que a falta que me fez foi a falta que fiz pra você. Enfim, só pra finalizar. Fique quanto quiser, e volte sempre.
Eu te amo.
sábado, 10 de novembro de 2012
Chega a doer
Que irritante era aquela situação, como se já não lhe basta-se a briga que era travada dentro dela entre seu coração e sua razão, uma pesada chuva desabou.
Chuva... Ingrata chuva.
Sempre nos momentos de extrema sensibilidade ela resolve aparecer.
Dentro daquele auto, tão sozinha, olhava pela janela e via milhares de histórias circulando de um lado para o outro. Milhares de vidas se escondendo da tempestade não anunciada. Começou então a se perguntar mentalmente, onde estaria ele naquele momento.
Embora fosse simplesmente inútil, e não fizesse o menor sentido, ela o procurava em cada rosto, em cada esquina.
Uma canção, mais melancólica do que o a chuva que gotejava no vidro embaçado, pintando ali milhares de emoções, começou a tocar. "Quem colocara essa maldita canção ? " - protestou mentalmente. Não houve resposta. De qualquer forma era inútil trocar a estação do rádio, ou o disco, a batida lenta e a letra triste já haviam tomado conta dela.
Olhou para o céu, como ultimo recurso. Nuvens pesadas anunciavam que ainda mais chuva estaria por vir. Apertou os olhos e desejou que o tempo passasse rápido demais, a ponto, dela não conseguir sentir o gosto azedo da saudade e solidão. Então dois rastros negros riscaram sua pele rosada. Era a resposta.
Olhou novamente para o céu.
A chuva passaria, logo chegaria o arco-iris. Mas ele... Ah, ele nunca iria chegar.
Chuva... Ingrata chuva.
Sempre nos momentos de extrema sensibilidade ela resolve aparecer.
Dentro daquele auto, tão sozinha, olhava pela janela e via milhares de histórias circulando de um lado para o outro. Milhares de vidas se escondendo da tempestade não anunciada. Começou então a se perguntar mentalmente, onde estaria ele naquele momento.
Embora fosse simplesmente inútil, e não fizesse o menor sentido, ela o procurava em cada rosto, em cada esquina.
Uma canção, mais melancólica do que o a chuva que gotejava no vidro embaçado, pintando ali milhares de emoções, começou a tocar. "Quem colocara essa maldita canção ? " - protestou mentalmente. Não houve resposta. De qualquer forma era inútil trocar a estação do rádio, ou o disco, a batida lenta e a letra triste já haviam tomado conta dela.
Olhou para o céu, como ultimo recurso. Nuvens pesadas anunciavam que ainda mais chuva estaria por vir. Apertou os olhos e desejou que o tempo passasse rápido demais, a ponto, dela não conseguir sentir o gosto azedo da saudade e solidão. Então dois rastros negros riscaram sua pele rosada. Era a resposta.
Olhou novamente para o céu.
A chuva passaria, logo chegaria o arco-iris. Mas ele... Ah, ele nunca iria chegar.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Procurando um bom motivo para gostar tanto assim
Ele não era a melhor pessoa da face da terra. Era egoista, mulherengo, simplesmente impossivel. Não era o mais bonito também, ela mesma conhecia dezenas de caras de beleza superior a dele. Qual seria o segredo então ?
Que droga ele tinha que os outros não ?
Pensava nisso enquanto caminhava de um lado para o outro na saleta de visitas. Se atirou no sofá, afundando nas macias almofadas vermelhas. Cobriu o rosto com um dos braços, e começou a pensar em todas as coisas que poderiam ser um motivo.
Estava decidida, tinha de achar uma razão para todo aquele sentimento embolado que crescia de maneira desenfreada dentro dela.
Lembrou-se de quando se conheceram. Uma maneira tão comum, tão vaga, tão banal. Dezenas de pessoas ela já conhecera da mesma forma. Seu coração não disparou quando ele lhe dirigiu a palavra. Suas mãos não tremeram quando o viu. Nem fogos de articídio coloridos explodiram na grande imensidão azul... Nada. A noite em que vira pela primeira vez não estava sendo banhada de nem uma luz prateada da lua mais bela. As estrelas tinham um brilho apagado, quase fosco. Não havia uma canção bonita e melosa. Nada, plenamente convencional.
Talvez fosse isso... Talvez ela gostasse dele pois o rapaz fugia de todos os clichês de histórias românticas. Fugia do roteiro previsto para cenas de amor. Era de uma simplicidade muito grande, ao mesmo tempo a forma simples com que agia enchia os olhos e dava um nó na garganta.
Essa não era exatamente a resposta que ela procurava, mas era só o que fazia algum sentido.
Que droga ele tinha que os outros não ?
Pensava nisso enquanto caminhava de um lado para o outro na saleta de visitas. Se atirou no sofá, afundando nas macias almofadas vermelhas. Cobriu o rosto com um dos braços, e começou a pensar em todas as coisas que poderiam ser um motivo.
Estava decidida, tinha de achar uma razão para todo aquele sentimento embolado que crescia de maneira desenfreada dentro dela.
Lembrou-se de quando se conheceram. Uma maneira tão comum, tão vaga, tão banal. Dezenas de pessoas ela já conhecera da mesma forma. Seu coração não disparou quando ele lhe dirigiu a palavra. Suas mãos não tremeram quando o viu. Nem fogos de articídio coloridos explodiram na grande imensidão azul... Nada. A noite em que vira pela primeira vez não estava sendo banhada de nem uma luz prateada da lua mais bela. As estrelas tinham um brilho apagado, quase fosco. Não havia uma canção bonita e melosa. Nada, plenamente convencional.
Talvez fosse isso... Talvez ela gostasse dele pois o rapaz fugia de todos os clichês de histórias românticas. Fugia do roteiro previsto para cenas de amor. Era de uma simplicidade muito grande, ao mesmo tempo a forma simples com que agia enchia os olhos e dava um nó na garganta.
Essa não era exatamente a resposta que ela procurava, mas era só o que fazia algum sentido.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Ele era como o inverno
Ele era como o inverno... Não encontrava nada que o definisse melhor.
Bem no fundo do olhar, aparentemente frio, via-se uma solidão perturbadora e um doce pedido de carinho, entretanto com os lábios, sempre entreabertos (como se estivesse sempre em um universo paralelo, em um estado muito alto de relaxamento) repelia qualquer tipo de afeição.
Doloroso era olhar para ele, ainda sim, ela o olhava com infinita doçura, mostrando-lhe amiga, protetora. De fato, o amava, e o amar era algo verdadeiramente difícil, mesmo assim o fazia.
Era frio, sempre calculista e observador, não esboçava reação ou simpatia por quase nada. Mesmo assim, como os invernos mais impiedosos pedia, gritava, por calor humano. No silêncio torturante que o envolvia. Era como uma canção triste, vinda de um piano em meio a uma sala mergulhada a escuridão, sua melancolia era no fundo confortável para ela, porque não dizer, segura.
Havia certa beleza naquela solidão, inexistente.
Por mais que nada fosse dito, o simples fato de ele estar ali queria dizer que se importava, e isso parecia bastar.
Bem no fundo do olhar, aparentemente frio, via-se uma solidão perturbadora e um doce pedido de carinho, entretanto com os lábios, sempre entreabertos (como se estivesse sempre em um universo paralelo, em um estado muito alto de relaxamento) repelia qualquer tipo de afeição.
Doloroso era olhar para ele, ainda sim, ela o olhava com infinita doçura, mostrando-lhe amiga, protetora. De fato, o amava, e o amar era algo verdadeiramente difícil, mesmo assim o fazia.
Era frio, sempre calculista e observador, não esboçava reação ou simpatia por quase nada. Mesmo assim, como os invernos mais impiedosos pedia, gritava, por calor humano. No silêncio torturante que o envolvia. Era como uma canção triste, vinda de um piano em meio a uma sala mergulhada a escuridão, sua melancolia era no fundo confortável para ela, porque não dizer, segura.
Havia certa beleza naquela solidão, inexistente.
Por mais que nada fosse dito, o simples fato de ele estar ali queria dizer que se importava, e isso parecia bastar.
Sinto muito ainda parece pouco
Ela caiu no pranto mais desesperado, apertava o corpo contra o dele. Parecia que queria sumir dentro do outro, entrar ali, e fazer morada.
Ele afagou os cabelos pretos daquela criatura, olhou-a com ar fraternal, acariciou-lhe o rosto molhado e riscado de lágrima, de um longo suspirou soltou um triste "sinto muito". Ao ouvi-lo mais ainda ela se desfez. Mas era tudo que cabia naquele momento.
domingo, 28 de outubro de 2012
-
Aquela noite de outubro lhe dava arrepios na epiderme. O ar era frio como homens cruéis que aquela hora se matavam. Ele ia para casa, onde a mãe decerto o esperava aflita, ficaria no quarto a fumar e a pensar.
Era só e infeliz. E essa permanente sensação de infelicidade, desconforto, insatisfação lhe irritava os nervos, causava-lhe impaciência que o deixava desinquieto e as vezes taciturno e intratável. - Olhai os Lírios do Campo
sábado, 27 de outubro de 2012
Espelho, espelho... meu ?
Me olhei no espelho e não pude ver no reflexo quem sou. Não reconheci minha própria face. Senti-me observando um estranho. As feições todas caídas, os olhos distorcidos e uma expressão clara da dor mais escura.
A boca, trancada, cerrada, nada, nem uma gota de água seria capaz de passar por entre aqueles lábios, que apesar de jovens, pareciam velhos e doentios.
O rosto pálido, sem nenhuma maquiagem, deixava ainda mais vibrante o tom arroxeado das olheiras profundas. Percebia que dos olhos já não brotava nenhuma gota de esperança, percebia, porém, nada. Como se resgata a vida ?
Não tenho coragem nem de me encarar e ver que adoeço com o passar dos anos, agora, minutos.
A lua trocava de fase, os amigos trocavam de vida, as estações mudavam as cores da cidade, e nada eu notava.
Tudo era imperceptível, sem importância, vago, substituível, embora, nada mais eu substituísse.
Não buscava, nem lutava por nada. Deixava que o destino levasse embora quem quisesse e recebia as coisas que ele me trazia. Embora na maioria das vezes as partidas fossem minha culpa, ainda sim, sofria amargamente a cada novo "adeus".
Bem verdade que não exatamente sofria, a realidade é que remoía como um moinho, tudo de uma só vez, sem a nada prestar a devida atenção, sem nada sentir por inteiro.
Fazia de mim meu maior inimigo, mas também meu único refugiu.
Já não sentia afeição por ninguém, nem nada digno de declarações exageradas. Nem tristeza, nem alegria.
Essa apatia, esse conformismo, essa reclusão, era o que mais me perturbava, era só o que se fazia sentir.
A boca, trancada, cerrada, nada, nem uma gota de água seria capaz de passar por entre aqueles lábios, que apesar de jovens, pareciam velhos e doentios.
O rosto pálido, sem nenhuma maquiagem, deixava ainda mais vibrante o tom arroxeado das olheiras profundas. Percebia que dos olhos já não brotava nenhuma gota de esperança, percebia, porém, nada. Como se resgata a vida ?
Não tenho coragem nem de me encarar e ver que adoeço com o passar dos anos, agora, minutos.
A lua trocava de fase, os amigos trocavam de vida, as estações mudavam as cores da cidade, e nada eu notava.
Tudo era imperceptível, sem importância, vago, substituível, embora, nada mais eu substituísse.
Não buscava, nem lutava por nada. Deixava que o destino levasse embora quem quisesse e recebia as coisas que ele me trazia. Embora na maioria das vezes as partidas fossem minha culpa, ainda sim, sofria amargamente a cada novo "adeus".
Bem verdade que não exatamente sofria, a realidade é que remoía como um moinho, tudo de uma só vez, sem a nada prestar a devida atenção, sem nada sentir por inteiro.
Fazia de mim meu maior inimigo, mas também meu único refugiu.
Já não sentia afeição por ninguém, nem nada digno de declarações exageradas. Nem tristeza, nem alegria.
Essa apatia, esse conformismo, essa reclusão, era o que mais me perturbava, era só o que se fazia sentir.
Observações de uma noite de sábado
Me peguei observando durante alguns minutos um besouro. Daqueles que aparecem em dia de calor. Enfim. Sozinho, vai escalando a parede branca do meu quarto. Abre as asas, tenta voar, mas não consegue, volta para a parede. Outra vez abre as asas, agora quase consegue mas parece estar fraco, bate contra a parede diversas vezes. Repete, incansável até que finalmente consegue. Voa alto, alcança seu objetivo de vida... Eu, deitado observando, me comovo com essa simples cena. Como é imenso o universo, e como nossos problemas são insignificantes diante dele.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
à ? Também não entendi.
Eu não me importo... Não, mentira, eu me importo, você sabe, eu também sei.
Mas admitir dói demais ... Não é ?
É, você sabe.
Mais um pouco, mais alguns dias, semanas, quem sabe ?
Não sei. Tu sabe, mas finge não saber.
Porque me importo ? Me contradizendo, mais uma vez.
Quantos "mais" "mas", quanto mais eu digo, mais pareço acreditar que temos ainda mais um tempo.
Agora foi proposital.
"Sei que não faz sentido, desculpe. " - Pedi sem arrependimento.
Minha cabeça está confusa. "É, deu pra perceber" - Você me responde com um brilho tranquilo no olhar.
Ah, é por isso !
Tá ai o meu motivo ! Teus olhos, a curva dos teus lábios, a forma não proposital que te amo, que te espero. É porque me entende, porque não quer me mudar...
Já conheceu o meu pior, então não vai me abandonar.
Ou vai ?
Mas admitir dói demais ... Não é ?
É, você sabe.
Mais um pouco, mais alguns dias, semanas, quem sabe ?
Não sei. Tu sabe, mas finge não saber.
Porque me importo ? Me contradizendo, mais uma vez.
Quantos "mais" "mas", quanto mais eu digo, mais pareço acreditar que temos ainda mais um tempo.
Agora foi proposital.
"Sei que não faz sentido, desculpe. " - Pedi sem arrependimento.
Minha cabeça está confusa. "É, deu pra perceber" - Você me responde com um brilho tranquilo no olhar.
Ah, é por isso !
Tá ai o meu motivo ! Teus olhos, a curva dos teus lábios, a forma não proposital que te amo, que te espero. É porque me entende, porque não quer me mudar...
Já conheceu o meu pior, então não vai me abandonar.
Ou vai ?
Seu Zé
Nossa como aquela noite estava quente.
O tempo estava passando rápido demais, há cinco minutos o sol escaldante aquecia as paredes da casa, agora já era noite o vento assobiava uma canção que ela não compreendia.
Tentava se alegrar... "Será que vai chover seu Zé ? " sempre perguntava.
Seu Zé sabia tudo, era uma espécie de sábio, se tivesse frequentado a escola talvez não fosse tão inteligente, talvez fosse mais manipulado, e não tivesse nos olhos aquela humanidade, aquele calor.
Sempre que a via subir a rua de cabeça baixa, quase que tocando o chão, dizia com carinho e preocupação "O que cê tem menina ? Tá doente ? " ela apenas forçava um sorriso, algo que não existia, não era espontâneo, nada em sua vida era. Respondia apenas "Tô não, seu Zé. Impressão sua.".
Mas aquele homem por trás do bigode bem aparado, sabia o que ela tinha. Talvez apenas não soubesse o termo correto, não conhecesse a palavra que descrevesse toda aquela reclusão, todo aquele cansaço que ela sentia mesmo sem se mover.
Seu Zé na semana passada, acertou antes do médico, que a dona Jurema estava com uma doença grave no sangue. Intuição ? Sexto sentido ? Paranormalidade ? Talvez observação... Porém ainda sim, nunca disse o que ela tinha, e o que tinha era simples, se chamava apatia.
Creio que seja a pior coisa para se sentir. Nem triste, nem feliz. Apenas indiferente a qualquer situação; Morno; Cinza; Insensível.
Nada a abalava, porque nada a importava.
Ah, seu Zé, talvez ele não conhecesse o termo "apática" para dizer, mas viu, só ele viu, o mundo dela perder todas as cores, os olhos perderem todo o brilho, a pobre garota perder toda a vida.
O tempo estava passando rápido demais, há cinco minutos o sol escaldante aquecia as paredes da casa, agora já era noite o vento assobiava uma canção que ela não compreendia.
Tentava se alegrar... "Será que vai chover seu Zé ? " sempre perguntava.
Seu Zé sabia tudo, era uma espécie de sábio, se tivesse frequentado a escola talvez não fosse tão inteligente, talvez fosse mais manipulado, e não tivesse nos olhos aquela humanidade, aquele calor.
Sempre que a via subir a rua de cabeça baixa, quase que tocando o chão, dizia com carinho e preocupação "O que cê tem menina ? Tá doente ? " ela apenas forçava um sorriso, algo que não existia, não era espontâneo, nada em sua vida era. Respondia apenas "Tô não, seu Zé. Impressão sua.".
Mas aquele homem por trás do bigode bem aparado, sabia o que ela tinha. Talvez apenas não soubesse o termo correto, não conhecesse a palavra que descrevesse toda aquela reclusão, todo aquele cansaço que ela sentia mesmo sem se mover.
Seu Zé na semana passada, acertou antes do médico, que a dona Jurema estava com uma doença grave no sangue. Intuição ? Sexto sentido ? Paranormalidade ? Talvez observação... Porém ainda sim, nunca disse o que ela tinha, e o que tinha era simples, se chamava apatia.
Creio que seja a pior coisa para se sentir. Nem triste, nem feliz. Apenas indiferente a qualquer situação; Morno; Cinza; Insensível.
Nada a abalava, porque nada a importava.
Ah, seu Zé, talvez ele não conhecesse o termo "apática" para dizer, mas viu, só ele viu, o mundo dela perder todas as cores, os olhos perderem todo o brilho, a pobre garota perder toda a vida.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Quarta-Feira enfadonha
24 de outubro
Não dormi, mas isto não me surpreende mais.
Já era para estar amanhecendo, mas o horário de verão faz com que o sol só apareça as sete horas da manhã. Humanos, sempre mexendo no que não lhes diz respeito.
Ignoro o ranger de portas, ignoro o vento que uiva lá fora, ignoraria até um grito estridente, um pedindo de ajuda, assim como tantos que já soltei e foram ignorados.
Não me importo, não sinto piedade. Dentro de mim sobram todos os sentimentos ruins.
Medo, mas medo de que ?
Da raça humana em geral, ou estou generalizando para não tornar as coisas ainda mais dolorosas ?
Me cansei do mundo.
Não reluto mais. Vivo um dia, serenamente, sem lutar por grandes mudanças, sem tentar achar uma saída. Vou apenas respirando, lentamente, em pausas longas, tentando me sufocar de uma vez.
O outro dia chega, e eu nem vi.
Que venha o natal, que venham as festas.
Pouco importa, dentro de mim, apenas despedidas e funerais.
Funeral de mim mesma.
Não dormi, mas isto não me surpreende mais.
Já era para estar amanhecendo, mas o horário de verão faz com que o sol só apareça as sete horas da manhã. Humanos, sempre mexendo no que não lhes diz respeito.
Ignoro o ranger de portas, ignoro o vento que uiva lá fora, ignoraria até um grito estridente, um pedindo de ajuda, assim como tantos que já soltei e foram ignorados.
Não me importo, não sinto piedade. Dentro de mim sobram todos os sentimentos ruins.
Medo, mas medo de que ?
Da raça humana em geral, ou estou generalizando para não tornar as coisas ainda mais dolorosas ?
Me cansei do mundo.
Não reluto mais. Vivo um dia, serenamente, sem lutar por grandes mudanças, sem tentar achar uma saída. Vou apenas respirando, lentamente, em pausas longas, tentando me sufocar de uma vez.
O outro dia chega, e eu nem vi.
Que venha o natal, que venham as festas.
Pouco importa, dentro de mim, apenas despedidas e funerais.
Funeral de mim mesma.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Fronha de travesseiro
Estrelas e ursos, fadas e luas, me remetem a uma infância infeliz.
A esta hora da noite qualquer coisa ganha uma proporção maior. Patético.
Mas patético mesmo é estar a sombra da lua cantando feliz pelo sol.
Não entendem o que digo, mas repetem, para chamar minha atenção.
Sinto muito por isso.
A esta hora da noite qualquer coisa ganha uma proporção maior. Patético.
Mas patético mesmo é estar a sombra da lua cantando feliz pelo sol.
Não entendem o que digo, mas repetem, para chamar minha atenção.
Sinto muito por isso.
Peço que não me escutem
Oras, isso não são horas de resgatar, ou tentar resgatar o que já não é tangível.
Agoniza a vida como um cachorro vira-lata agoniza a solidão na sarjeta.
A chuva que se prometeu mas recuou, não deveria incomodar, já que tanta água escorre do queixo até o chão.
Os prédios, os porteiros, a vizinha com suas especulações, não deves dar ouvido.
Ao final do dia, inicio do crepúsculo os ruídos lá foram vão cessar, então cale seu choro para que a tal da dona Maria, não vá espalhar pelo bairro seu coração doentio.
Agoniza a vida como um cachorro vira-lata agoniza a solidão na sarjeta.
A chuva que se prometeu mas recuou, não deveria incomodar, já que tanta água escorre do queixo até o chão.
Os prédios, os porteiros, a vizinha com suas especulações, não deves dar ouvido.
Ao final do dia, inicio do crepúsculo os ruídos lá foram vão cessar, então cale seu choro para que a tal da dona Maria, não vá espalhar pelo bairro seu coração doentio.
Aleatório
Abro um livro em uma página aleatória. Aleatório também o modo que vivo. Se vivo, não sei.
Metáforas e mais metáforas, me permitem compreender os poemas da forma que quiser, ou precisar.
Nunca me canso de lê-lo, é porque não, meu livro de cabeceira. Já que de fato nele estão escritas todas as coisas que não me deixam dormir.
Foram-se três em uma semana.
Quantos irão em um mês ?
Temo, até o final do calendário já não ter mais ninguém para ser.
Sussurro baixinho, apenas para mim, "não se mate", assim como Carlos fez também. Uma voz suave porém amarga me devolve um ruido claro, "já morreu".
Metáforas e mais metáforas, me permitem compreender os poemas da forma que quiser, ou precisar.
Nunca me canso de lê-lo, é porque não, meu livro de cabeceira. Já que de fato nele estão escritas todas as coisas que não me deixam dormir.
Foram-se três em uma semana.
Quantos irão em um mês ?
Temo, até o final do calendário já não ter mais ninguém para ser.
Sussurro baixinho, apenas para mim, "não se mate", assim como Carlos fez também. Uma voz suave porém amarga me devolve um ruido claro, "já morreu".
domingo, 21 de outubro de 2012
Meu mundo agridoce
Tudo está fora do contexto. A vida que levo, não é nem de longe a vida que queria levar, aquela que imaginei quanto era pequena. Me irrita ter que viver o que não planejei. A vida é um grande improviso mas ninguém te ensina isso na escola.
Minha mãe não me ensinou a dizer "suicídio" muito menos "desistência". Isso são coisas que você aprende sozinho. Particularmente depois que aprendi nunca mais esqueci.
Depois de um dia quente, de uma chuva rala, um sol que não ilumina, apenas queima, cega.
Os dias me irritam, não aguento o falatório, nem a agitação das pessoas ao meu redor. Por outro lado, o silencio da noite não trás paz, apenas me deixa mais a flor da pele, e faz meu espelho refletir coisas que não quero ver.
Coração pela metade, palavras pela metade, nada é como naqueles bons dias em que nada importava. Tudo está mudando depressa demais, temo não conseguir acompanhar e ficar para trás. Me tranco dentro de mim mesmo, talvez meu mundo imaginário seja o único lugar que eu saiba viver.
Quando chover, deixa a chuva te molhar
Se você me disser que só ficaremos juntos numa próxima encarnação, eu acabo com está vida e pulo para a seguinte.
Morte me parece pouco, quando o assunto é vida.
Viver sozinho é estar morrendo aos poucos. Talvez seja clichê demais, só que não encontro nada para dizer além de "sem você eu não conseguiria". Me emociono, uma gota na janela é uma tempestade para mim.
Estou a flor da pele, acho que já deu para perceber.
Sempre me calo quando preciso urgentemente gritar.
Minhas palavras estão todas embaralhadas. Meu coração está apertado demais. Minha respiração sempre vacila. Observo tudo em silêncio pois não resta mais o que explicar.
Estou vendo que a cada volta do relógio ficamos ainda mais distantes. Ainda sim, apenas observo. Me parece vago demais lutar quando você já escolheu o que fazer. Tentar te convencer para que ?
Uma lágrima que rola, é apenas mais uma gota no oceano. Vai evaporar, e quando a chuva cair na sua cidade você vai me sentir.
Morte me parece pouco, quando o assunto é vida.
Viver sozinho é estar morrendo aos poucos. Talvez seja clichê demais, só que não encontro nada para dizer além de "sem você eu não conseguiria". Me emociono, uma gota na janela é uma tempestade para mim.
Estou a flor da pele, acho que já deu para perceber.
Sempre me calo quando preciso urgentemente gritar.
Minhas palavras estão todas embaralhadas. Meu coração está apertado demais. Minha respiração sempre vacila. Observo tudo em silêncio pois não resta mais o que explicar.
Estou vendo que a cada volta do relógio ficamos ainda mais distantes. Ainda sim, apenas observo. Me parece vago demais lutar quando você já escolheu o que fazer. Tentar te convencer para que ?
Uma lágrima que rola, é apenas mais uma gota no oceano. Vai evaporar, e quando a chuva cair na sua cidade você vai me sentir.
Você está enchendo o céu de neblina
Suas palavras tortas, seu medo do desconhecido, sua carência seu medo de ficar sozinho, seu medo de acordar e ver que isso não é um sonho, o medo da incerteza, suas próprias atitudes estão enchendo nosso céu de neblina. A culpa não é minha, e de quem é ?
Não tem culpados, não houve um erro, não houve traição.
É só medo do que pode parecer a coisa mais difícil de nossas vidas.
Mas também a única coisa pela qual vale a pena lutar ...
Não tem culpados, não houve um erro, não houve traição.
É só medo do que pode parecer a coisa mais difícil de nossas vidas.
Mas também a única coisa pela qual vale a pena lutar ...
Desespero, não nego
Desculpe, estou desesperada.
Para ser franca, não sei mais o que te falar. Preciso parar de precisar de você.
Meu desespero é evidente porque eu só sei falar disso, só sei pedir desculpas, e quando deito na cama, sei que quando acordar tu já terá desistido.
Ficarei acordada noites inteiras tentando escrever algo que não te de alternativas a não ser largar as malas no chão.
Essa pode ser minha ultima chance. E mesmo assim não tenho nada para dizer além das coisas que você já sabe.
Faça me um favor ?
Lembre-se de todos os motivos que te fizeram chegar até aqui, que te fizeram permanecer. Mesmo que possa parecer escuro demais agora, as coisas vão clarear. Queira por favor se lembrar destas coisas antes do fim.
Coisas boas e más acontecem o tempo todo, eu sempre digo isso. Se tudo está dando errado agora saiba que as coisas vão dar certo daqui a meia hora, não custa esperar, não custa confiar em mim só mais uma vez.
Ela pode até te amar, mas fale pra mim, quem você ama de verdade ?
Em quem você pensa antes de dormir ?
Ah querido, eu já nem durmo de tanto pensar.
Desde o começo te amar foi difícil. Primeiro era difícil acreditar quando você dizia "eu te amo"; Depois foi difícil admitir que te amava. Agora é difícil não amar. Me desfiz de tanta coisa, sem que você pedisse.
Estou suplicando...
Para ser franca, não sei mais o que te falar. Preciso parar de precisar de você.
Meu desespero é evidente porque eu só sei falar disso, só sei pedir desculpas, e quando deito na cama, sei que quando acordar tu já terá desistido.
Ficarei acordada noites inteiras tentando escrever algo que não te de alternativas a não ser largar as malas no chão.
Essa pode ser minha ultima chance. E mesmo assim não tenho nada para dizer além das coisas que você já sabe.
Faça me um favor ?
Lembre-se de todos os motivos que te fizeram chegar até aqui, que te fizeram permanecer. Mesmo que possa parecer escuro demais agora, as coisas vão clarear. Queira por favor se lembrar destas coisas antes do fim.
Coisas boas e más acontecem o tempo todo, eu sempre digo isso. Se tudo está dando errado agora saiba que as coisas vão dar certo daqui a meia hora, não custa esperar, não custa confiar em mim só mais uma vez.
Ela pode até te amar, mas fale pra mim, quem você ama de verdade ?
Em quem você pensa antes de dormir ?
Ah querido, eu já nem durmo de tanto pensar.
Desde o começo te amar foi difícil. Primeiro era difícil acreditar quando você dizia "eu te amo"; Depois foi difícil admitir que te amava. Agora é difícil não amar. Me desfiz de tanta coisa, sem que você pedisse.
Estou suplicando...
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Nunca é tarde, meu bem
"Já é tarde" não, não é, nunca é tarde, você tem que confiar em mim. E o amanhã é ilusório, não importa, só nos faz desistir das coisas que poderíamos conseguir hoje. Se você achar que o nosso tempo já passou eu volto os ponteiros do relógio. Se você achar que nossa história está sem pé nem cabeça, eu começo de novo e coloco um "era uma vez" só pela certeza que no final fica tudo bem. Não desiste porque ainda temos muito pra viver. Ainda acredito naqueles sonhos que a gente tinha...
Entrelinhas ..
Você está se afastando, eu sinto, sofro, mas não reluto, não te puxo pra perto. Te amo, mas não posso te prender, mesmo que as vezes meu egoísmo aflorado deseje por assim fazer. Perdão amor. Se você não quiser ficar, mesmo que por pensamentos, eu te sigo pra onde você for.
E vai ser o amor da minha vida mesmo que eu não tenha mais vida para viver.
Inútil eu te cantar um milhão de canções, se seu coração já não me pertencer.
Você diz "volte" e eu digo "eu nunca fui "; Você me pede para ficar e eu respondo que jamais conseguiria partir.
Não da para voltar a ser como era antes, mas quem sabe não possamos melhorar ? Não me prive de saber quem você é; Não me esqueça, nem por um segundo; Não foge de mim.
Se quiser, me puxe, me prenda, me algeme a você, porque eu não me importo, desde que seja com você, porque não me imagino em outro lugar.
E quando você aparecer para mim novamente, vamos rever nossos conceitos, e concretizar nossos planos.
Eu sei que hoje a tarde jurei que não escreveria mais sobre ti, mas tu se lembra das entrelinhas ?
E vai ser o amor da minha vida mesmo que eu não tenha mais vida para viver.
Inútil eu te cantar um milhão de canções, se seu coração já não me pertencer.
Você diz "volte" e eu digo "eu nunca fui "; Você me pede para ficar e eu respondo que jamais conseguiria partir.
Não da para voltar a ser como era antes, mas quem sabe não possamos melhorar ? Não me prive de saber quem você é; Não me esqueça, nem por um segundo; Não foge de mim.
Se quiser, me puxe, me prenda, me algeme a você, porque eu não me importo, desde que seja com você, porque não me imagino em outro lugar.
E quando você aparecer para mim novamente, vamos rever nossos conceitos, e concretizar nossos planos.
Eu sei que hoje a tarde jurei que não escreveria mais sobre ti, mas tu se lembra das entrelinhas ?
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Nosso amor não deu certo
Quando você ligou o carro e foi embora, senti que meu ar foi junto. Está doendo tanto meu amor, meu amor que já não é mais meu.
Durante dias me sentei naquela mesa onde costumava ler seu jornal pela manhã, e repeti o ritual matinal como se você estive ali para se chocar com as noticias, ou para olhar em meus olhos enquanto tomava seu café.
Me chamaram de louca, mas fazia isso para não enlouquecer.
Dormir esta sendo realmente dificil, a cama está com muito espaço. O seu lado esta frio… As vezes eu abraço o travesseiro fingindo que é você, só para conseguir fechar os olhos sem chorar.
Mas eu sei que não tem volta…
Talvez se eu tivesse me esforçado mais, açucarado um pouco mais minhas palavras. Se eu não tivesse cobrado tanto de você…
Eu até tentei, mas tentar não foi o bastante.
Não tenho nenhuma foto nossa aqui, mas esta tudo gravado no meu peito, e tudo gravado na minha pele, como se uma navalha tivesse escrito em mim cada toque seu.
Me perdoe se eu não soube fazer dar certo (…)
Meus teatros
E quando você pensa que tudo chegou ao fim. Quando você estiver perdido, melancólico e suicida, a vida te devolve o que te tirou.
Vai demorar um pouco para conseguir sorrir novamente, são muitas duvidas para apenas uma cabeça, são muitas duvidas para apenas um coração mal costurado.
Nada vai voltar a ser como era antes, talvez vocês troquem de papel, talvez vocês rasguem o roteiro e comecem de novo. Quem sabe ?
Por isso não adianta se esconder, ou tentar fugir do que a vida tem para te ensinar. Se é para continuar quem é você para barrar essa história ?
A verdade é que somos apenas personagens com vontade própria, mas nossa única vontade, e nossa única escolha é seguir em frente.
Não me lembro para quem escrevi, mas serve para outro
“Eu tenho que ir agora.” Disse você quando me abraçou.
Durante dias passei pensando no que fazer quando você fosse embora. Quem seguraria minha mão firme quando eu estivesse com medo ? Quem acenderia todas as luzes quando o céu ficasse negro ? Quem me faria feliz ?
Nunca te culpei, você tinha que ir, são coisas da vida, e eu tinha que entender.
Mas toda vez que eu fechava os olhos lagrimas escorriam …
Eu queria poder ir com você, queria poder te seguir para onde você for.
Talvez você volte para me ver mais alguma vez. Ninguém disse que precisa acabar assim. E mesmo que eu não quisesse meu coração continuara pertencendo a você não importa quantas milhas nos separam, não importa se o oceano nos divide. Uma vez alguém me disse que a distancia prova quanto o amor é verdadeiro.
E eu vou esperar querido, dez anos se forem necessários, e quando você voltar eu estarei de braços abertos para pertencer a você mais uma vez.
Durante dias passei pensando no que fazer quando você fosse embora. Quem seguraria minha mão firme quando eu estivesse com medo ? Quem acenderia todas as luzes quando o céu ficasse negro ? Quem me faria feliz ?
Nunca te culpei, você tinha que ir, são coisas da vida, e eu tinha que entender.
Mas toda vez que eu fechava os olhos lagrimas escorriam …
Eu queria poder ir com você, queria poder te seguir para onde você for.
Talvez você volte para me ver mais alguma vez. Ninguém disse que precisa acabar assim. E mesmo que eu não quisesse meu coração continuara pertencendo a você não importa quantas milhas nos separam, não importa se o oceano nos divide. Uma vez alguém me disse que a distancia prova quanto o amor é verdadeiro.
E eu vou esperar querido, dez anos se forem necessários, e quando você voltar eu estarei de braços abertos para pertencer a você mais uma vez.
Fatos antigos
Deitada no seu colo, vendo o que não queria ver, esperando a hora certa para te perguntar uma coisa que ainda não sabia o que era.
O céu deve ter enegrecido, tudo a minha volta pode ter perdido o sentido, não sei.
Eu só consegui ouvir o seu murmurar de palavras, e o estralo que fez meu coração.
Esmigalhado, estassalhado, partido, arrebentado, qualquer outro adjetivo que quiser, ou todos eles juntos…
Quando sua mão soltou a minha a escuridão me recolheu de braços abertos.
O céu deve ter enegrecido, tudo a minha volta pode ter perdido o sentido, não sei.
Eu só consegui ouvir o seu murmurar de palavras, e o estralo que fez meu coração.
Esmigalhado, estassalhado, partido, arrebentado, qualquer outro adjetivo que quiser, ou todos eles juntos…
Quando sua mão soltou a minha a escuridão me recolheu de braços abertos.
Seja sincero
Seja sincero ao responder …
Quantas vezes você sentiu que o mundo virou as costas para ti ?
Quantas vezes você viveu de ilusões ?
Quantos amores você perdeu por medo de tentar ?
Quantos amores você esqueceu ?
Quantas pessoas que você dizia amar te amavam de verdade ?
Quais as coisas que hoje você faria diferente ?
Quantas vezes você olhou para o espelho e não conseguiu encontrar aquilo que já foi ?
Quantas pessoas te destruíram totalmente ?
E quantas pessoas te ajudaram a colar os pedaços de si mesmo ?
Quantas vezes pensou em suicídio ?
Quantas vezes se sentiu cansado demais para continuar ?
Quantas vezes tentou achar uma saída ?
Quantas vezes se encontrou sozinho e perdido no mesmo lugar ?
A gente tem que levantar, para a vida ter o prazer de nos fazer beijar o chão novamente.
Quantas vezes você sentiu que o mundo virou as costas para ti ?
Quantas vezes você viveu de ilusões ?
Quantos amores você perdeu por medo de tentar ?
Quantos amores você esqueceu ?
Quantas pessoas que você dizia amar te amavam de verdade ?
Quais as coisas que hoje você faria diferente ?
Quantas vezes você olhou para o espelho e não conseguiu encontrar aquilo que já foi ?
Quantas pessoas te destruíram totalmente ?
E quantas pessoas te ajudaram a colar os pedaços de si mesmo ?
Quantas vezes pensou em suicídio ?
Quantas vezes se sentiu cansado demais para continuar ?
Quantas vezes tentou achar uma saída ?
Quantas vezes se encontrou sozinho e perdido no mesmo lugar ?
A gente tem que levantar, para a vida ter o prazer de nos fazer beijar o chão novamente.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Mínimos motivos
Você se foi também...
Mas isto faz muito tempo, é que eu só notei hoje. Só hoje notei que tu nunca esteve aqui, ah meu bem, a verdade foi sempre essa. Sua necessidade de amor incondicional que o mantinha ao meu lado, mas nunca quis estar. Nunca se importou comigo, nem com nada. Talvez, nem mesmo com você.
Confesso que isso acabou comigo.
Estou perdendo coisas todos os dias...
Não tenho mais motivos para sustentar a vida. Não tenho mais forças para aguentar este mundo. Não tenho mais vontade de respirar.
Mas isto faz muito tempo, é que eu só notei hoje. Só hoje notei que tu nunca esteve aqui, ah meu bem, a verdade foi sempre essa. Sua necessidade de amor incondicional que o mantinha ao meu lado, mas nunca quis estar. Nunca se importou comigo, nem com nada. Talvez, nem mesmo com você.
Confesso que isso acabou comigo.
Estou perdendo coisas todos os dias...
Não tenho mais motivos para sustentar a vida. Não tenho mais forças para aguentar este mundo. Não tenho mais vontade de respirar.
Princesa suicida
O castelo está desmoronando, a princesa é suicida, o mundo não tem salvação, a vida é uma piada sem graça.
Ela treme. Não tem coroa, não tem vestido de seda. Tem os pulsos abertos o coração esfarelado, a respiração cansada. Ela está morrendo.
" Chamem os guardas ! Estamos sendo atacados! " - gritam
Ela se encolhe no canto, coloca as mãos nos ouvidos, não quer ouvir, não quer ouvir mais nada.
Que cortem sua cabeça, que arranquem os pedaços, que alimentem os cachorros com seus restos, mas que alguém faça essa maldita dor parar.
Ela não é forte, não. Oh, pobrezinha, está sangrando. Dentro dela uma hemorragia perpétua.
Que o teto desabe agora, por favor. Que os inimigos a encontrem.
Que troquem seu suco de laranja matinal por um cálice de veneno mortal.
Perdeu a inocência, perdeu tudo, não aguenta mais perder. Que alguém faça essa maldita dor parar !
Ela treme. Não tem coroa, não tem vestido de seda. Tem os pulsos abertos o coração esfarelado, a respiração cansada. Ela está morrendo.
" Chamem os guardas ! Estamos sendo atacados! " - gritam
Ela se encolhe no canto, coloca as mãos nos ouvidos, não quer ouvir, não quer ouvir mais nada.
Que cortem sua cabeça, que arranquem os pedaços, que alimentem os cachorros com seus restos, mas que alguém faça essa maldita dor parar.
Ela não é forte, não. Oh, pobrezinha, está sangrando. Dentro dela uma hemorragia perpétua.
Que o teto desabe agora, por favor. Que os inimigos a encontrem.
Que troquem seu suco de laranja matinal por um cálice de veneno mortal.
Perdeu a inocência, perdeu tudo, não aguenta mais perder. Que alguém faça essa maldita dor parar !
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Qualquer droga de suicídio
Eu não ando, eu vago. A noite toda perambulo pela casa com passos de velho, como se em uma corda bamba, torcendo para perder o equilíbrio e cair no precipício.
Procuro na gaveta de remédios qualquer um que tenha uma advertência de superdosagem, com qualquer coisa parecida com "morte", mas não há.
Não tenho nenhuma arma. As facas estão todas cegas. As cordas estão todas fracas. Não há venenos para beber. Nenhum carro passa na rua. Não há nenhuma ponte para saltar.
Morrer é dificil hoje em dia.
Mas viver é muito mais. Para viver é preciso ter uma força que eu não tenho e uma vontade que perdi.
Vou ficar aqui então,deixando minha depressão me matar lentamente.
Procuro na gaveta de remédios qualquer um que tenha uma advertência de superdosagem, com qualquer coisa parecida com "morte", mas não há.
Não tenho nenhuma arma. As facas estão todas cegas. As cordas estão todas fracas. Não há venenos para beber. Nenhum carro passa na rua. Não há nenhuma ponte para saltar.
Morrer é dificil hoje em dia.
Mas viver é muito mais. Para viver é preciso ter uma força que eu não tenho e uma vontade que perdi.
Vou ficar aqui então,deixando minha depressão me matar lentamente.
Nada em particular
Eu não sofro por nada em particular.
Para falar a verdade faz muito tempo que não sento e escrevo por uma só dor. Quando pego para escrever conto dezenas de coisas que me fazem adoecer.
Hoje em dia eu quase choro, quase, já não consigo mais.
A garganta trava, os olhos ficam marejados, e só. Nada mais, nada demais.
E quando eu explodir em lágrimas provavelmente me afogarei ne
Talvez seja melhor assim
Ah faz sentido.
Ela é linda, tem um cabelo bonito, os olhos vivos, a pele parece de uma boneca, nos pés salto alto, não um tênis surrado como o meu.
Eu ?
Ah, eu sou toda estranha, dos pés a cabeça. Meus olhos são tão tristes e manchados da maquiagem que vive escorrendo. Ando sempre com a cabeça na lua. Talvez eu não sirva pra você, talvez seja realmente melhor assim.
Ela sim é alguém que sua mãe vai gostar de conhecer. Provavelmente ela adora crianças e vai te dar uns filhos para correr pela casa, eu não suporto crianças, alias, é difícil pra mim até me suportar.
Sou um fardo grande demais, você não conseguiu suportar também.
Nem precisa lembrar que te amo, pode esquecer se quiser, mas eu amo. Os únicos sorrisos que eu tinha eram os que você tirava, mas tudo bem, isso passa, não é ?
Se para você passou eu também consigo superar.
Um tipo de veneno doce
Teu sorriso é daqueles que não deixa opção para quem vê se não se apaixonar perdidamente pela curva de teus lábios. Teu olhar é daqueles que se infiltram na mente e parecem que podem ver a alma. Sua lábia, tão manipuladora, tão doce e ao mesmo tempo venenosa. Mas ninguém resiste. Ninguém consegue resistir ao seu toque que arrepia ao mesmo tempo que mata.
Bem longe
Preciso sair daqui. Sair de casa, da cidade. Abandonar quem já me esqueceu.
Quero esquecer de rostos familiares. E quero que a vida que tenho hoje seja lembrada como algo que já não importa mais.
Quero sumir, a verdade é essa. Não quero levar nada, nem ninguém. Não quero deixar bilhetes nem uma mensagem comovente de adeus. Quero apenas que ninguém saiba meu paradeiro, ninguém saiba quando foi que sai de casa porque nem malas eu arrumei.
Pegar a estrada e me encontrar em outro lugar, onde ninguém me conheça, onde eu não conheça ninguém, começar do zero e ver se dessa vez da certo.
Desculpe dizer mas não tenho escolha
Todos que te conhecem já desistiram de você. Só eu estou aqui, e porque ?
Quando eu vou me cansar e ir embora ?
Eu não conseguiria, você sabe. Por mais errado que tu esteja, por mais que você tenha me magoado inúmeras vezes, ainda sim, eu não conseguiria só virar as costas e sair da sua vida, do seu caminho.
Você esta afundando. Eu não me afundarei junto, mas prefiro morrer do que te ver no fundo. Se você pegasse minha mão, se você cofiasse em mim, eu te levantaria.
Um ser humano comum já teria abandonado, no primeiro desaforo, ninguém aguenta o quanto já aguentei, e eu aguento ainda, e aguentarei o dobro, até ser pesado demais para eu carregar, até eu desistir de mim, por você.
Quantas vezes eu disse "eu morreria por você " ? E quantas vezes você riu disso como se eu estivesse ficando louca, como se fosse apenas uma piada ?
Eu sangro toda vez que tu olha nos meus olhos, porque sei que pra você eu nunca foi nada. Alias, ninguém é nada para você, nada tem valor para ti, apenas as coisas que te matam. Só que meu amor, eu não vou ficar aqui para te ver morrer pelos seus próprios erros.
domingo, 14 de outubro de 2012
Procurando um título que não seja repetitivo
Aos cinco anos de idade aprendeu o que é perder alguém que se ama. Aos dez, descobriu o que é ver seu herói se tornar vilão. Aos quinze já não queria mais viver.
Sua primeira desistência foi de encontrar o amor de sua vida. Se você tem 30 anos e está lendo isso, ficara parecendo bobagem coisa de adolescente, mas se você tiver a mesma idade que ela, bom, ai fara todo sentido do mundo para você.
Parece que dia após dia vamos perdendo gradativamente nossa sensibilidade. Se com quinze anos você já desistiu do sentimento que move as pessoas, com sessenta você será só um poço de solidão e amargura.
Era disso que ela tinha medo. Envelhecer sozinha, pois até os gatos não aguentaram e foram embora. Morrer sem ter deixado nada, além de histórias sem pé nem cabeça, além de relatos de um coração cansado de pulsar. Por isso queria morrer como os grandes músicos com 27 anos de idade, se fosse antes melhor ainda.
Seu nome ?
Talvez seja muito cedo para essas apresentações. Nunca gostou de dizer como se chamava, seu nome era bonito, mas aquele nome não tinha nada haver com ela, a garota que tinha sido batizada com aquele nome havia morrido anos atrás. Usava então um apelido que ganhara de um amigo. E só isso, era essa quem era, ou queria ser.
Um dia lhe falaram que toda a sua personalidade era de mentira, que na verdade ela nunca fora como dizia ser. Ela sorriu, puxou o cabelo para trás e disse com ironia "talvez, quem sabe ? Mas se está dando certo para que mudar ? " colocou o cigarro na boca e deu um trago. Depois foi embora, alias, estava sendo indo embora, nunca ficava em lugar nenhum, nada a prendia, era livre, mas era infeliz.
Talvez ela quisesse que alguém a ligasse importunando, brigando e perguntando "onde você está ?". Quem sabe no fundo ela só quisesse alguém que conseguisse a fazer parar, quem sabe até mudar. Será que seria feliz não sendo "livre" mas tendo um peito pra morar ?
De bar em bar, sempre. Sentava-se no balcão e pedia uma dose. "Dois dedos de whisky é pouco." dizia. Era pouco para tanta dor. Com uma dose não conseguia nem mesmo engolir aquelas coisas que a sufocavam na garganta. O tipo de coisa que a gente grita para o mundo escutar, mas ela era sozinha, ninguém a ouviria.
Antes de dormir não rezava, não acreditava em deuses. Nunca acreditou. Mas se lembrava de quando era apenas uma inocente criança e sempre pedia para "o papai lá de cima" cuidar da sua familia e amigos, infelizmente ou ela não sabia rezar ou não havia ninguém olhando por ela. Chegava em casa sempre quando todos os vizinhos estavam saindo, e ia dormir quando o mundo acordava. Sempre nos horários errados, nos motivos errados, nos caminhos errados. Ela não se importava, ou fingia muito bem. Ninguém sabia nada dela e bom, ela não queria saber nada de ninguém.
Seus amigos eram as bebidas e os cigarros, ah, sim, e a música.
Não sabia tocar nenhum instrumento, mas sabia inúmeras músicas. Sua vida sempre tinha trilha sonora. Música para ela bastava ser boa, ter uma letra marcante, e tinha que ser depressiva, eram as melhores, ou talvez ela que só soubesse ver beleza na tristeza.
Confiar nas pessoas sempre fora complicado. Ela sempre confiava demais quando não devia e de menos quando era para confiar. Por isso não tinha nada, ou melhor, ninguém.
Deixou os melhores escaparem por medo de tentar, e mesmo percebendo o enorme erro ela não via motivos para pedir desculpas, ou tentar outra vez.
Já não existia frase feita que a descreve-se. Não existia chuva que a fizesse comover, nem dor que a fizesse se contorcer. Não havia nada, apenas uma casa fria, e um peito onde não germinava nenhum bom sentimento.
- Do que você tem medo ? - perguntou o psicologo bigodudo. Tinha sido recomendado por um conhecido dela, já que não possuía amigos.
- Das pessoas...
- Acha que vão lhe fazer mau ?
- É tudo que sabem fazer.
- Você disse na ficha que já tentou suicídio, quantas vezes ?
- Inúmeras ...
- Qual foi a ultima vez ?
- Depende, que horas são ? - e soltou um sorriso malicioso. O homem se chocou no primeiro momento, mas depois perguntou com uma certa ironia
- Se você quisesse mesmo se matar já teria o feito da primeira vez que tentou. Correto ?
- Não. Suicidas se matam aos poucos. Ainda não tive coragem de puxar o gatilho, talvez falte pouco, não sei. Ainda existe alguma esperança em mim, mas a cada lágrima que derramo ela vai se apagando. Quanto mais conheço o mundo menos eu gosto. Se acordar de manhã e preferir ficar na cama só para não ter que encarar o mundo lá fora não for estar morto, então me diga, o que é ?
- Você já tentou se apaixonar por alguém ?
- Eu sempre tento... Sempre me apaixono, nunca dá em nada. Acho que sou um fardo muito grande para alguém suportar. Foi bacana conversar com você, mas preciso fumar. - Saiu pisando firme, mas sentindo o corpo fraco. Lá fora o vento era forte. Seus cabelos voavam desordenados, tão bagunçados quanto sua vida. Enfiou as mãos no bolso do moletom e saiu caminhando de cabeça baixa, sempre cantando uma canção sem melodia, sempre errando nas notas, esperava ainda esbarrar em alguém que cantasse a mesma música.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
O que você sente ?
Não queria voltar a repetir as mesmas frases. Nem tentar te convencer que nada foi em vão como eu sempre fazia. Sequer tenho certeza se te quero por amor ou pelo meu egoísmo, que não me permite te deixar partir. Mas verdade seja dita, aquela conversa tinha continuação. O meu "vai dormir então." era um "até amanhã" e não um "tudo acaba agora", mas você não me procurou, você desistiu. Só que hoje eu te quis. Quis ouvir sua voz mais uma vez, cinco minutos, ou duas horas. Quis te ouvir me chamar de "minha", quis ouvir você fazer planos malucos que nunca dariam certo, e que não deram. Talvez seja um erro, tudo isso que estou escrevendo. É, você me conhece, ser errada faz parte do meu charme. Éramos tão diferentes e ao mesmo tempo tão compatíveis. Tentei não te magoar.
Te segurei todas as vezes que você quis escapar entre os meus dedos, por motivos banais, por pequenas besteiras e maus entendidos. Só que da ultima vez você voou alto demais e meu medo de altura não me permitiu ir lhe buscar. Um "sinto muito" é pouco, não é ?
Você também sente muito ? Alias, você sente alguma coisa ainda ?
Eu sinto, essas coisas não morrem assim da noite pro dia, mas eu as matarei se preciso. Queria terminar bem, com uma frase feita, um sorriso amarelo, queria um fim explosivo como foi o começo, pelo menos terminar certo, só uma vez.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Relato de um romântico novato
Hoje mais cedo, quando você me telefonou, sei que não respondi o que tu queria ouvir, na verdade, acho que minha falta de reação pode ter lhe ferido bastante. Então, para que não aja nenhum mal entendido vim lhe explicar o meu silêncio.
Você já se sentiu feliz o bastante para travar ?
Nunca pensei que fosse acontecer comigo. Toda essa coisa de felicidade, é novo para mim.
Quando sua voz disse aquele "eu te amo" tão firme, algo dentro de mim estremeceu, mas foi bom, pela primeira vez paralisar foi algo bom. Me senti como se finalmente tivesse encontrado aquilo que a gente busca sem saber porque, sem saber o que, mas quando encontra tem certeza que é aquilo. Pois bem, você respirou no telefone, como que se aquelas palavras tivessem sido um desabafo da alma, depois disso tudo ficou mudo, não te ouvi mais respirar. Alguns segundos depois sem nada se pronunciar você desligou. Mesmo assim permaneci com o telefone no ouvido, tentando colocar os pés no chão novamente, já que estava em alfa.
Sai de casa correndo, quando me caiu a ficha de que o amor da minha vida disse que me amava e eu não respondi nada. Se fosse como nos filmes você estaria desistindo agora, mas espera meu amor, não desisti agora, não pega um avião, não some, não me troca, me espera.
Comprei umas flores que nem sei quais são, numa floricultura próxima a sua casa. E saí correndo, não sabia se era necessário, eu tinha esperado muito tempo pra te ouvir falar, e estar cinco minutos, ou cinco segundos longe de você já era sufocante demais.
Amor, estou indo.
Atravessei as ruas sem olhar para os lados, passei por conhecidos sem dar atenção, e que o céu desabasse naquele momento, nada me impediria de te ver.
Faltava uma rua, e eu corria como se para ganhar uma maratona, minha linha de chegada era você, meu prêmio também. No meio da rua um carro veio de encontro, mais rápido do que eu. Senti uma dor aguda, como se tudo dentro de mim estivesse se partindo, depois do impacto só me lembro de gritar seu nome.
Acordei cheio de tubos, não sei quantos dias depois, não sei.
Estava morrendo, podia sentir, mas precisava te dizer essas coisas. Te explicar que o meu amor por você era tanto que mesmo que eu gritasse ao mundo, ainda seria pouco. Pedi para que uma enfermeira escrevesse esse meu relato, só para você saber.
Não aguentei o bastante para te esperar chegar no hospital, as forças que eu tenho agora são essas que vou usar para dizer, que meu silêncio era um pedido de casamento que não deu tempo de fazer.
Você já se sentiu feliz o bastante para travar ?
Nunca pensei que fosse acontecer comigo. Toda essa coisa de felicidade, é novo para mim.
Quando sua voz disse aquele "eu te amo" tão firme, algo dentro de mim estremeceu, mas foi bom, pela primeira vez paralisar foi algo bom. Me senti como se finalmente tivesse encontrado aquilo que a gente busca sem saber porque, sem saber o que, mas quando encontra tem certeza que é aquilo. Pois bem, você respirou no telefone, como que se aquelas palavras tivessem sido um desabafo da alma, depois disso tudo ficou mudo, não te ouvi mais respirar. Alguns segundos depois sem nada se pronunciar você desligou. Mesmo assim permaneci com o telefone no ouvido, tentando colocar os pés no chão novamente, já que estava em alfa.
Sai de casa correndo, quando me caiu a ficha de que o amor da minha vida disse que me amava e eu não respondi nada. Se fosse como nos filmes você estaria desistindo agora, mas espera meu amor, não desisti agora, não pega um avião, não some, não me troca, me espera.
Comprei umas flores que nem sei quais são, numa floricultura próxima a sua casa. E saí correndo, não sabia se era necessário, eu tinha esperado muito tempo pra te ouvir falar, e estar cinco minutos, ou cinco segundos longe de você já era sufocante demais.
Amor, estou indo.
Atravessei as ruas sem olhar para os lados, passei por conhecidos sem dar atenção, e que o céu desabasse naquele momento, nada me impediria de te ver.
Faltava uma rua, e eu corria como se para ganhar uma maratona, minha linha de chegada era você, meu prêmio também. No meio da rua um carro veio de encontro, mais rápido do que eu. Senti uma dor aguda, como se tudo dentro de mim estivesse se partindo, depois do impacto só me lembro de gritar seu nome.
Acordei cheio de tubos, não sei quantos dias depois, não sei.
Estava morrendo, podia sentir, mas precisava te dizer essas coisas. Te explicar que o meu amor por você era tanto que mesmo que eu gritasse ao mundo, ainda seria pouco. Pedi para que uma enfermeira escrevesse esse meu relato, só para você saber.
Não aguentei o bastante para te esperar chegar no hospital, as forças que eu tenho agora são essas que vou usar para dizer, que meu silêncio era um pedido de casamento que não deu tempo de fazer.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Olá tristeza, a felicidade nunca te vence
Já não sei dizer de quantas formas posso explicar isso, meu bem.
Já não sei quantos nomes eu posso ter para tentar botar para fora esses sentimentos esmagados dentro de mim.
Hoje a noite caiu mais cedo. Tudo são trevas, onde era sol e felicidade. Estou plenamente acostumada com essas oscilações drásticas de humor, mas sei que meu mau humor e minha tristeza sempre duram bem mais do que minha autoestima.
Se ontem a vida era boa, hoje é vontade de morrer.
Se ontem eu queria paz e amor, hoje eu quero café forte e músicas deprimentes.
Em cima, em baixo, em baixo, em baixo, em baixo e quando acho que vou subir novamente, caiu.
É, então me deixa aqui. Por favor não me pergunte "o que você tem ?", pois eu odeio explicar, não sei explicar, não quero explicar. Também não tente me alegrar, deixa eu curtir minha tristeza, deixe eu aprender o que esses momentos tem pra me ensinar. Não venha me dar conselhos também, qualquer coisa que você fale eu já sei, e na maioria das vezes fui eu quem te falei.
Só me deixa aqui.
Música, café, papel e caneta, é tudo que quero agora.
Já não sei quantos nomes eu posso ter para tentar botar para fora esses sentimentos esmagados dentro de mim.
Hoje a noite caiu mais cedo. Tudo são trevas, onde era sol e felicidade. Estou plenamente acostumada com essas oscilações drásticas de humor, mas sei que meu mau humor e minha tristeza sempre duram bem mais do que minha autoestima.
Se ontem a vida era boa, hoje é vontade de morrer.
Se ontem eu queria paz e amor, hoje eu quero café forte e músicas deprimentes.
Em cima, em baixo, em baixo, em baixo, em baixo e quando acho que vou subir novamente, caiu.
É, então me deixa aqui. Por favor não me pergunte "o que você tem ?", pois eu odeio explicar, não sei explicar, não quero explicar. Também não tente me alegrar, deixa eu curtir minha tristeza, deixe eu aprender o que esses momentos tem pra me ensinar. Não venha me dar conselhos também, qualquer coisa que você fale eu já sei, e na maioria das vezes fui eu quem te falei.
Só me deixa aqui.
Música, café, papel e caneta, é tudo que quero agora.
Nossa única família
Estamos todos perdidos.
Me sentei outro dia, deixando de lado, mais uma vez, as milhares de coisas que deveria estar fazendo, só pra contemplar o céu e pensar na vida.
É, comecei a pensar nos meus amigos e conhecidos, e reparei que não salva um.
Não que eles não sejam boas pessoas, posso lhes garantir que são, entretanto todos vão à festas com o coração partido. Todos sorriem por fora mas estão mortos por dentro.
Vi que os que bebem apenas afogam suas mágoas. Os que fumam é só pra ocupar um tremendo espaço dentro de si Os que se drogam já não sentiam mais o efeito das outras duas drogas, e tiveram que procurar algo que os deixassem em orbita, fugindo de uma triste realidade. Tem também os que fazem tudo isso, tem ainda o que ficam dias fora de casa, dormindo na rua, ou na casa de amigos, porque no fundo sua casa não é um lar.
Todos os veem como vagabundos, talvez marginais. Mas não, são apenas crianças que precisavam de um gesto de carinho, um conforto, uma palavra de amor. Quem não tem em casa procura na rua, e sabe como é, a rua aceita de braços abertos.
Apesar de tudo, todo mundo cuida de alguém, sempre alguém tem um favorito, e as brigas são como a proteção pra quem tentar tocar ou ferir esses protegidos.
Adotam como "irmão, pai, mãe, cunhado etc" cada amigo dali, pois nas brincadeiras a gente vai entendendo onde está a carência de cada um. A minha sempre esteve no pai.
Eu só espero que um dia todos se libertem desses fantasmas emocionais e não acabem se afogando ainda mais em tamanha tristeza.
Odiaria ter que perder alguém dali, mesmo os menos chegados, como os primos de segundo grau, embora poucos tenham percebido, para muitos aquilo é a única família.
Me sentei outro dia, deixando de lado, mais uma vez, as milhares de coisas que deveria estar fazendo, só pra contemplar o céu e pensar na vida.
É, comecei a pensar nos meus amigos e conhecidos, e reparei que não salva um.
Não que eles não sejam boas pessoas, posso lhes garantir que são, entretanto todos vão à festas com o coração partido. Todos sorriem por fora mas estão mortos por dentro.
Vi que os que bebem apenas afogam suas mágoas. Os que fumam é só pra ocupar um tremendo espaço dentro de si Os que se drogam já não sentiam mais o efeito das outras duas drogas, e tiveram que procurar algo que os deixassem em orbita, fugindo de uma triste realidade. Tem também os que fazem tudo isso, tem ainda o que ficam dias fora de casa, dormindo na rua, ou na casa de amigos, porque no fundo sua casa não é um lar.
Todos os veem como vagabundos, talvez marginais. Mas não, são apenas crianças que precisavam de um gesto de carinho, um conforto, uma palavra de amor. Quem não tem em casa procura na rua, e sabe como é, a rua aceita de braços abertos.
Apesar de tudo, todo mundo cuida de alguém, sempre alguém tem um favorito, e as brigas são como a proteção pra quem tentar tocar ou ferir esses protegidos.
Adotam como "irmão, pai, mãe, cunhado etc" cada amigo dali, pois nas brincadeiras a gente vai entendendo onde está a carência de cada um. A minha sempre esteve no pai.
Eu só espero que um dia todos se libertem desses fantasmas emocionais e não acabem se afogando ainda mais em tamanha tristeza.
Odiaria ter que perder alguém dali, mesmo os menos chegados, como os primos de segundo grau, embora poucos tenham percebido, para muitos aquilo é a única família.
Pode apostar meu bem é só saudade
Só saudades.
Não daquelas que me faz estremecer por dentro, mas sim, daquela saudade suave, aquela que me causa ansiedade e deixa sempre aquele gosto de "quero mais".
O meu "mais" é sempre maior do que o tanto que aguento. Se sou gulosa por algo, sou gulosa de amor.
Minha ânsia desse sentimento é tanta que quando não tenho sinto-me desertando, como se nada tivesse sentido, como se estivesse morrendo aos poucos.
Ah sim, eu faço um drama grandíssimo nessas situações. Como uma criança quando quer o peito, o colo ou somente um pouco de atenção.
Quando eu escrevo muito mais do que falo, quando canto muito mais do que respiro, quando bebo café muito mais do que durmo... Ah meu bem, pode apostar que é saudade.
Não daquelas que me faz estremecer por dentro, mas sim, daquela saudade suave, aquela que me causa ansiedade e deixa sempre aquele gosto de "quero mais".
O meu "mais" é sempre maior do que o tanto que aguento. Se sou gulosa por algo, sou gulosa de amor.
Minha ânsia desse sentimento é tanta que quando não tenho sinto-me desertando, como se nada tivesse sentido, como se estivesse morrendo aos poucos.
Ah sim, eu faço um drama grandíssimo nessas situações. Como uma criança quando quer o peito, o colo ou somente um pouco de atenção.
Quando eu escrevo muito mais do que falo, quando canto muito mais do que respiro, quando bebo café muito mais do que durmo... Ah meu bem, pode apostar que é saudade.
A vida é triste
Estive pensando em como é triste a vida da gente.
A vida assim, sem mistificação. A vida é triste desde que a gente nasce, por isso choramos assim que saímos do útero da nossa mãe. Quando nossos pulmões se abrem e quando a gente começa a enxergar o mundo aqui fora deve ser a pior dor do mundo.
Ai a gente vai crescendo, vendo a luta diária dos nossos pais, mas somos novos demais pra ver que mamãe é infeliz e papai é o maior galinha. Lembro-me bem, que meu pai era meu herói, quanto eu tinha meus quatro anos, mesmo que pareça difícil lembrar, me lembro. Aos poucos a imagem de herói foi se perdendo. É, pra alguns é mais difícil do que pra outros. Mas não tô aqui pra comparar minha vida de interior com alguém que mora na favela.
Não, a vida não é triste só por causa das desigualdade social, nem nada disso. A vida é triste porque é só na morte que a gente tem tempo pra descansar.
É por isso que levo minha vida como acho que tem que ser. Todo dia pra mim é dia, não importa se é uma segunda-feira quente ou um sábado frio. A vida pra não ser triste tem que ser encarada como a morte. Pra viver feliz a gente tem que morrer primeiro, tem que deixar morrer essa nossa caretice que nos é dado como regra desde que pequenos.
Por isso a vida é bela, é bela porque é triste.
A vida assim, sem mistificação. A vida é triste desde que a gente nasce, por isso choramos assim que saímos do útero da nossa mãe. Quando nossos pulmões se abrem e quando a gente começa a enxergar o mundo aqui fora deve ser a pior dor do mundo.
Ai a gente vai crescendo, vendo a luta diária dos nossos pais, mas somos novos demais pra ver que mamãe é infeliz e papai é o maior galinha. Lembro-me bem, que meu pai era meu herói, quanto eu tinha meus quatro anos, mesmo que pareça difícil lembrar, me lembro. Aos poucos a imagem de herói foi se perdendo. É, pra alguns é mais difícil do que pra outros. Mas não tô aqui pra comparar minha vida de interior com alguém que mora na favela.
Não, a vida não é triste só por causa das desigualdade social, nem nada disso. A vida é triste porque é só na morte que a gente tem tempo pra descansar.
É por isso que levo minha vida como acho que tem que ser. Todo dia pra mim é dia, não importa se é uma segunda-feira quente ou um sábado frio. A vida pra não ser triste tem que ser encarada como a morte. Pra viver feliz a gente tem que morrer primeiro, tem que deixar morrer essa nossa caretice que nos é dado como regra desde que pequenos.
Por isso a vida é bela, é bela porque é triste.
sábado, 6 de outubro de 2012
Logo ela entra de novo
Estou com o coração em paz. Embora a felicidade não se faça de uma hora para outra.
Quero levar uma vida sem regras. Uma vida que não tenha horário para nada, mas que toda hora seja hora de amor.
É só trocar a música que eu me animo, revivo, contemplo, comemoro. Ando comemorando só o fato de estar vivo, acho que a vida é boa, nós que enxergamos tudo do lado errado.
Minha melancolia e minha depressão ?
Foram superadas pela minha bipolaridade. Pelo menos uma vez meus problemas foram minhas soluções.
Além do mais, só de pensar que falta muito pouco... Meu coração já se alegra.
Não vou explicar, não vou dizer o que é, não quero deixar rastros ou pistas.
Só quero deixar uma mensagem de amor, umas mensagem de paz, enquanto minha tristeza não volta.
Quero levar uma vida sem regras. Uma vida que não tenha horário para nada, mas que toda hora seja hora de amor.
É só trocar a música que eu me animo, revivo, contemplo, comemoro. Ando comemorando só o fato de estar vivo, acho que a vida é boa, nós que enxergamos tudo do lado errado.
Minha melancolia e minha depressão ?
Foram superadas pela minha bipolaridade. Pelo menos uma vez meus problemas foram minhas soluções.
Além do mais, só de pensar que falta muito pouco... Meu coração já se alegra.
Não vou explicar, não vou dizer o que é, não quero deixar rastros ou pistas.
Só quero deixar uma mensagem de amor, umas mensagem de paz, enquanto minha tristeza não volta.
É bonito só por ser amor, esqueci a formalidade
Eu deito só pra viajar no som oscilante da voz de gravação. Deixo a mente fluir, enquanto o seu calor eu não tenho dois ou três cobertores me salvam. E pra muita gente eu já disse "eu te amo", mas tá me faltando palavras pra dizer isso pra você.
É clichê, mas é superior a tudo.
As vezes durante uma conversa com alguém minha mente voa até você, e mil histórias, mil roteiros doidos que eu quero pra gente vão se formando. Mas pra gente muito mais, pra gente o mundo inteiro.
Eu sei que você quer que eu encontre um alguém que me faça bem, mas eu já encontrei, eu já encontrei o cara com quem quero casar, ele só não consegue aceitar isso ainda.
É difícil, essa distancia não é brincadeira, mas pelo amor que eu sinto por você toda distância do mundo é pequena. Não chora, nem por dentro nem por fora, amor. Foi pra te fazer feliz que eu te encontrei é pra ser feliz que a gente nasce.
Me reviro na cama a noite toda, pensando "como será que ele tá ? " "onde será que ele tá ? ".
As vezes me dá medo do que o destino reserva, as vezes me bate aquela dúvida de "será que vale a pena ?" ai eu me imagino num mundo sem você e vejo o quão vazio seria, nessas horas que tenho certeza que é pra ser.
Me perdi, várias vezes, nessas perdas acabei te encontrando, acabei te ganhando. Nas brincadeiras que a gente tinha eu acabei por te amando. Nem lembro como a gente se conheceu, eu sei que quando você disse "eu te amo " pela primeira vez eu respondi por responder.
Cê me ganhou.
Sei que nossa vida não pode parar por causa disso, além do amor a gente não tem nada, mas tu já tentou me mandar embora e confessa, tu não aguentou, né ?
Só que desculpa amor, é impossível não escrever sobre você. E se é errado te querer tanto, te quero muito mais.
Tava deitada na cama, mas precisei levantar pra te escrever, já que não posso te falar.
Olha pela janela e veja o céu que é nosso, e encontra a estrela que eu pedi pra te guiar, porque na minha vida ultimamente quem me guia é você.
É clichê, mas é superior a tudo.
As vezes durante uma conversa com alguém minha mente voa até você, e mil histórias, mil roteiros doidos que eu quero pra gente vão se formando. Mas pra gente muito mais, pra gente o mundo inteiro.
Eu sei que você quer que eu encontre um alguém que me faça bem, mas eu já encontrei, eu já encontrei o cara com quem quero casar, ele só não consegue aceitar isso ainda.
É difícil, essa distancia não é brincadeira, mas pelo amor que eu sinto por você toda distância do mundo é pequena. Não chora, nem por dentro nem por fora, amor. Foi pra te fazer feliz que eu te encontrei é pra ser feliz que a gente nasce.
Me reviro na cama a noite toda, pensando "como será que ele tá ? " "onde será que ele tá ? ".
As vezes me dá medo do que o destino reserva, as vezes me bate aquela dúvida de "será que vale a pena ?" ai eu me imagino num mundo sem você e vejo o quão vazio seria, nessas horas que tenho certeza que é pra ser.
Me perdi, várias vezes, nessas perdas acabei te encontrando, acabei te ganhando. Nas brincadeiras que a gente tinha eu acabei por te amando. Nem lembro como a gente se conheceu, eu sei que quando você disse "eu te amo " pela primeira vez eu respondi por responder.
Cê me ganhou.
Sei que nossa vida não pode parar por causa disso, além do amor a gente não tem nada, mas tu já tentou me mandar embora e confessa, tu não aguentou, né ?
Só que desculpa amor, é impossível não escrever sobre você. E se é errado te querer tanto, te quero muito mais.
Tava deitada na cama, mas precisei levantar pra te escrever, já que não posso te falar.
Olha pela janela e veja o céu que é nosso, e encontra a estrela que eu pedi pra te guiar, porque na minha vida ultimamente quem me guia é você.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Dessa vez vale a pena
O medo te domina.
Tira os sapatos querida, eu juro que dessa vez vale a pena.
Promete que vai se jogar nessa comigo ?
Não pise ai querida, um passo em falso e tudo se acabara.
Nós temos que arriscar, mas arriscar talvez seja perder você.
Eu não aguentaria querida, o mundo é pesado demais.
O peso que cai nas minhas costas é algo que não poderia suportar.
O medo de dominar a vida
Tem medo de viver querida ?
Por isso recua tanto quando a vida te estende a mão ?
Quando eu te ofereço ajuda.
Quando nos vermos eu queria que fosse para sempre
Diferente dos pra sempre que a gente já viveu, mas que acabou.
Vem ...
A vida é uma só, minha linda
O mundo não vai parar só porque está doendo.
Esquece as barreiras, as limitações.
Esquece o que não é bom, e só vem.
Se você pular eu te seguro
Se você cair eu me atiro
Se você morrer eu me vingo
Mas vem ....
Tira os sapatos querida, eu juro que dessa vez vale a pena.
Promete que vai se jogar nessa comigo ?
Não pise ai querida, um passo em falso e tudo se acabara.
Nós temos que arriscar, mas arriscar talvez seja perder você.
Eu não aguentaria querida, o mundo é pesado demais.
O peso que cai nas minhas costas é algo que não poderia suportar.
O medo de dominar a vida
Tem medo de viver querida ?
Por isso recua tanto quando a vida te estende a mão ?
Quando eu te ofereço ajuda.
Quando nos vermos eu queria que fosse para sempre
Diferente dos pra sempre que a gente já viveu, mas que acabou.
Vem ...
A vida é uma só, minha linda
O mundo não vai parar só porque está doendo.
Esquece as barreiras, as limitações.
Esquece o que não é bom, e só vem.
Se você pular eu te seguro
Se você cair eu me atiro
Se você morrer eu me vingo
Mas vem ....
Queria deixar
Oi.
É, eu sei que a gente já se viu hoje, mas só queria te deixar um "oi". Na verdade, talvez eu quisesse deixar meu cheiro na sala. É, eu queria mais ainda deixar algumas peças de roupas jogadas no chão do seu quarto. Mais tarde eu queria te deixar dependente de mim, eu queria deixar você me amando loucamente. Eu queria deixar aquele gosto de "quero mais". E teria mais, ah, teria muito mais.
Eu queria te deixar boas memórias. Lindas noites para recordar. Queria te deixar feliz. Queria te deixar zangada só pra ver você bater o pézinho. Queria te deixar constrangida quando te chamasse de "linda". Queria te deixar preocupada só pra te ver me abraçar forte e dizer "nunca mais faça isso". Tem tanta coisa que eu queria deixar para você, tanta coisa que eu deixaria por você.
Basta você deixar.
Mas por hora, eu só vim deixar um "oi"
É, eu sei que a gente já se viu hoje, mas só queria te deixar um "oi". Na verdade, talvez eu quisesse deixar meu cheiro na sala. É, eu queria mais ainda deixar algumas peças de roupas jogadas no chão do seu quarto. Mais tarde eu queria te deixar dependente de mim, eu queria deixar você me amando loucamente. Eu queria deixar aquele gosto de "quero mais". E teria mais, ah, teria muito mais.
Eu queria te deixar boas memórias. Lindas noites para recordar. Queria te deixar feliz. Queria te deixar zangada só pra ver você bater o pézinho. Queria te deixar constrangida quando te chamasse de "linda". Queria te deixar preocupada só pra te ver me abraçar forte e dizer "nunca mais faça isso". Tem tanta coisa que eu queria deixar para você, tanta coisa que eu deixaria por você.
Basta você deixar.
Mas por hora, eu só vim deixar um "oi"
Universo Paralelo
Lá fora a vida te chama pra ouvir os pássaros cantando, pra ver a dança que eles fazem no céu, como se fosse uma coreografia.
Você a ouviu chamar hoje ?
Ela chama todos os dias sabe... da hora que você coloca os pés no chão, até quando você deixa a mente voar pra um lugar maior, uma outra dimensão.
Imagine que bonito um luar com sete luas, um universo a sua frente, e só mistérios a se descobrir.
Imagine que lindo é o mundo se visto a milhares de quilômetros da sua superfície ... Tão pequeno como uma formiguinha, tão frágil quanto uma.
Do alto de uma montanha a vida deve ser melhor do que no ultimo andar de um arranha-céu.
O céu cheio de cores, mais bonito do que aquele por-do-sol que eu nunca vi. Só você e nenhum Deus. Só você e nenhuma obrigação.
Só você o universo a seu favor, rodando em rotação universal.
Você a ouviu chamar hoje ?
Ela chama todos os dias sabe... da hora que você coloca os pés no chão, até quando você deixa a mente voar pra um lugar maior, uma outra dimensão.
Imagine que bonito um luar com sete luas, um universo a sua frente, e só mistérios a se descobrir.
Imagine que lindo é o mundo se visto a milhares de quilômetros da sua superfície ... Tão pequeno como uma formiguinha, tão frágil quanto uma.
Do alto de uma montanha a vida deve ser melhor do que no ultimo andar de um arranha-céu.
O céu cheio de cores, mais bonito do que aquele por-do-sol que eu nunca vi. Só você e nenhum Deus. Só você e nenhuma obrigação.
Só você o universo a seu favor, rodando em rotação universal.
E disse o mestre novamente
Às vezes acho que me fizeram capaz de sentir demais. E emanar demais o que é sentido, inclusive quando não faz sentido. E isso assusta, afugenta, por chamar atenção demais. Meus pensamentos são como um farol que não consegue se esconder na praia deserta. Ele sempre estará lá, ao alcance dos teus olhos, te impedindo de naufragar em mim. E não há nada capaz de me apagar.
- Lucas Silveira
- Lucas Silveira
Meio atrapalhado o que sinto
Amo.
Amo tanto que as vezes me atrapalho com tanto amor. Por isso as vezes as palavras travam, a caneta escorrega e as cartas que te escrevo são tão cheias de frases quebradas.
É que as vezes esse amor não cabe no peito. Por isso eu falo "eu amo você" de cinco em cinco minutos. Tenho medo que minhas palavras enferrujem, tenho medo que você tape os ouvidos para mim. Mesmo com esse medo é impossível não dizer.
Nunca fui de guardar sentimentos, demonstro mesmo quando não posso, demonstro mesmo quando não existe.
Falo tanto e faço tantas juras de amor que as pessoas se cansam, e no geral, partem.
Promete que vai me aguentar amor ?
Promete que se eu estiver falando demais tu me cala com um beijo ?
Mesmo nos dias mais quentes, não me deixa longe do seu calor, não me deixa esfriar. Me abraça, me aperta, me morde, me ama.
A noite inteira, a vida inteira.
Amo tanto que as vezes me atrapalho com tanto amor. Por isso as vezes as palavras travam, a caneta escorrega e as cartas que te escrevo são tão cheias de frases quebradas.
É que as vezes esse amor não cabe no peito. Por isso eu falo "eu amo você" de cinco em cinco minutos. Tenho medo que minhas palavras enferrujem, tenho medo que você tape os ouvidos para mim. Mesmo com esse medo é impossível não dizer.
Nunca fui de guardar sentimentos, demonstro mesmo quando não posso, demonstro mesmo quando não existe.
Falo tanto e faço tantas juras de amor que as pessoas se cansam, e no geral, partem.
Promete que vai me aguentar amor ?
Promete que se eu estiver falando demais tu me cala com um beijo ?
Mesmo nos dias mais quentes, não me deixa longe do seu calor, não me deixa esfriar. Me abraça, me aperta, me morde, me ama.
A noite inteira, a vida inteira.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Sim, eu tenho um melhor amigo
Ele aparece do nada, mas sempre que eu preciso. Me pergunto como ele sabe, como adivinha que preciso falar com ele, que preciso de um abraço, que preciso de uma risada, mas tem que ser a risada dele, outra não serve.
Em um dia eu falo que sinto a falta dele, no outro lá está ele sentado na porta da minha escola, com aquele olhar de mau, só quem conhece enxerga o coração mole e machucado que ele carrega por baixo daquela camisa preta.
Ele diz "te odeio" querendo dizer "eu te amo" e eu digo "vai embora" querendo dizer "fica aqui, por favor". E a gente sabe, e a gente entende.
Não é sempre que ele consegue adivinhar que preciso dele, no geral é quando estou no meu limite, é quando eu mais preciso.
Depois disso ele some. Fico sem ter noticias um tempo. E ai quando ele volta é como se nunca tivesse saído de perto de mim.
Ele não é meu namorado, não é minha paixão, mas é meu maior amor, é meu melhor amigo.
Em um dia eu falo que sinto a falta dele, no outro lá está ele sentado na porta da minha escola, com aquele olhar de mau, só quem conhece enxerga o coração mole e machucado que ele carrega por baixo daquela camisa preta.
Ele diz "te odeio" querendo dizer "eu te amo" e eu digo "vai embora" querendo dizer "fica aqui, por favor". E a gente sabe, e a gente entende.
Não é sempre que ele consegue adivinhar que preciso dele, no geral é quando estou no meu limite, é quando eu mais preciso.
Depois disso ele some. Fico sem ter noticias um tempo. E ai quando ele volta é como se nunca tivesse saído de perto de mim.
Ele não é meu namorado, não é minha paixão, mas é meu maior amor, é meu melhor amigo.
Te encontrar foi tão bacana
Confesso, eu tinha muita coisa para te contar hoje, mas deixei você contar as suas coisas. Porque sei lá, eu sempre gostei de te ouvir falar.
Bailarinos
Ele me pegou pelo braço e me tirou para dançar. Eu não queria, não queria me mover, não queria sair daquela cadeira e ter que repetir aqueles passos de danças ridículos. Não sabia dançar, morria de vergonha, ele desinibido começou a se mexer e a me fazer sentir que o medo era desnecessário. Ele dançava tão mal quanto eu. Talvez ele fosse um ótimo bailarino e só estivesse tentando me entusiasmar, não sei. Mas sei que me deixei levar pela música, deixei ele me embalar. A música acabou, ele se sentou e ficou me encarando com desdém. Eu o chamava para perto, ele se esquivava. Eu o pegava pela mão, ele me soltava. Eu queria dançar mesmo não sabendo, ele não queria nada. Então ele partiu. E eu fiquei sozinha enquanto os casais dançavam aquelas músicas lentas. E voltei para o banco que está sentada quando ele me puxou pelo braço para me ensinar a viver, só para depois me matar.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Minha mãe me perguntou de você
Minha mãe me perguntou de você hoje... Estranho né ?
Ah, ela sempre me ouviu desabafar quando a gente brigava, me viu chorar algumas vezes e me disse que isso ia passar. É, passou.
Ela me perguntou se você não tinha mais dado as caras... Foi um choque ter que lembrar assim de repente da sua existência. Não que tenha doído, mas foi como se tivesse caído minha ficha que faz duas semanas que não tenho noticias suas. Duas semanas que não sou mais nada pra você.
Engasguei na hora de responder, não porque é difícil falar sobre isso, mas porque é confuso demais.
Me sentei no quintal, onde eu me sentava enquanto a gente conversava tantas besteiras no celular. Ali foi onde fizemos nossos planos, lembra ? Foi ali também que ouvi sua voz pela primeira vez. Aquelas suas vozes que sempre deixavam transparecer sua alegria, sua inquietude, sua insegurança...
Não é por orgulho que ainda não te procurei, é porque acho que não me faz falta.
As vezes me bate uma tristeza rápida, algo que nem chega a doer, sequer me faz chorar. É estranho, porque antes só de pensar em te perder eu me desesperava, mas no dia em que te perdi não derramei uma lágrima sequer.
Quando te perguntam de mim o que você diz ?
Eu queria saber se só pra mim essa história acabou sem ponto final ...
Ah, ela sempre me ouviu desabafar quando a gente brigava, me viu chorar algumas vezes e me disse que isso ia passar. É, passou.
Ela me perguntou se você não tinha mais dado as caras... Foi um choque ter que lembrar assim de repente da sua existência. Não que tenha doído, mas foi como se tivesse caído minha ficha que faz duas semanas que não tenho noticias suas. Duas semanas que não sou mais nada pra você.
Engasguei na hora de responder, não porque é difícil falar sobre isso, mas porque é confuso demais.
Me sentei no quintal, onde eu me sentava enquanto a gente conversava tantas besteiras no celular. Ali foi onde fizemos nossos planos, lembra ? Foi ali também que ouvi sua voz pela primeira vez. Aquelas suas vozes que sempre deixavam transparecer sua alegria, sua inquietude, sua insegurança...
Não é por orgulho que ainda não te procurei, é porque acho que não me faz falta.
As vezes me bate uma tristeza rápida, algo que nem chega a doer, sequer me faz chorar. É estranho, porque antes só de pensar em te perder eu me desesperava, mas no dia em que te perdi não derramei uma lágrima sequer.
Quando te perguntam de mim o que você diz ?
Eu queria saber se só pra mim essa história acabou sem ponto final ...
Minhas declarações noturnas
Passei a noite toda procurando nas estrelas uma boa inspiração, algo que fosse simples, mas ao mesmo tempo te tocasse. Procurei o bastante para poder dizer que não encontrei.
Necessitava apenas de algumas palavras para tentar te explicar isso sem ficar parecendo algo platônico, mas que ao mesmo tempo conseguisse te dizer que é intenso.
Se eu soubesse compor te escreveria uma canção, pois todo mundo sabe que a música grita o que a gente não consegue nem mesmo sussurrar mas não sei rimar e mesmo que fosse uma letra sem rimas teria de ser sem melodia pois não tenho talento em nenhum instrumento.
Se você não estivesse longe, bom, eu iria até a sua casa no meio da noite mesmo, bateria na sua porta, te abraçaria e diria isso olhando nos teus olhos, para não restarem dúvidas.
É...
Eu sei que eu deveria te deixar em paz. Não sei porque sei, apenas sei. Existem milhares de garotas querendo ficar com você e porque eu sou tão egoísta e quero que tu fique comigo ?
É que sei lá, desde que te conheci é difícil me ver com outra pessoa, é difícil querer outro alguém.
Se eu soubesse teu endereço te escreveria uma carta, daquelas irresistíveis que ninguém escreve mais, mas que acelera o coração de qualquer um, mas como não sei te mando um Email mesmo, espero que tenha o mesmo efeito.
Talvez seja precipitado, um pulo direto pro precipício, mas arriscar vale a pena quando o motivo é tão bom.
Acho que já deu pra entender, não é ?
Mesmo assim eu quero acrescentar que eu durmo e acordo pensando em você, tudo é motivo pra me fazer lembrar. Eu gosto, me faz bem, embora as vezes me deixe confusa.
Bom, eu queria ter algo melhor pra te dizer, algo mais profundo, mais poético, mais romântico. Porque você merece muito mais, talvez mais do que eu possa dar, talvez mais do que qualquer um possa te dar. Eu faria o possível, o impossível o inimaginável por você.
É, eu sei que não é fácil, e sei que não ajudo nada fazendo essas coisas. Mas é que dói em mim pensar que se eu posso perder por não me declarar, e me confunde pensar que posso perder por falar também. De qualquer jeito, mesmo que as chances sejam pequenas, mesmo que probabilidade de dar certo seja menor ainda, eu seria muito inútil se não tentasse.
Eu tenho muito pra te falar, mas vai ser olhando nos teus olhos, vai ser segurando suas mãos, vai ser bem pertinho do jeito que eu sempre quis estar.
Cotidiano
Ela acorda ainda mais desanimada do que quando foi dormir.
Toma seu café, olha para o relógio, 06:06, as horas iguais dão uma falsa esperança de que ele lembre dela as vezes.
É um sacrifico ter de colocar o tênis no pé.
Aproposito tudo tem sido um sacrifico. Parece que pra ela tudo é mais difícil do que para o resto do mundo.
Estava quase saindo pelo portão, quando algo a puxa de volta. O mundo lá fora enegreceu gradativamente ela não quer sair na escuridão, não quer estar sozinha no meio de tantas pessoas, simplesmente queria deitar e desaparecer.
Volta para a cama, ranca os sapatos que fizera tanto esforço para colocar, e se joga de volta no mundo perfeito, naquela cama segura, e volta pro mundo que ela quiser, e beija quem quiser, e esquece quem quiser e é quem ela quiser. É a única hora em que não dói. Queria eu que alguém entendesse isso.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
O fundo do poço deve ser assim
Respirei fundo e o ar gelado da noite me sufocou.
Não me sufocou na garganta, mas me afogou no peito, como se fosse pedra e não oxigênio.
Pisquei pesado, e a dor escorreu lentamente, depois, como cachoeira.
Ah, eu fui sútil nas minhas palavras, mas minha cabeça estava tão bagunçada que enquanto chorava lembrei de milhares de motivos para chorar, e chorei um a um.
Minha vida é um grande motivo para chorar. Não me resta nada bom, e as coisas que me faziam sentir viva hoje são as mesmas que assinam minha sentença.
É triste demais quando alguém que era seu herói se perder por uma heroína.
É triste demais perder todos os seus amores porque nenhum nunca foi seu.
É triste demais não conseguir ser maior do que tudo isso.
Ser insignificante no mundo.
E ir vendo, um a um, dos seus amigos se perderem, se mataram e sumirem de você.
Nunca estive tão sozinha como estou hoje.
Nunca estive tão perdida quanto estou hoje.
Nunca estive tão cansada quanto hoje.
Não me sufocou na garganta, mas me afogou no peito, como se fosse pedra e não oxigênio.
Pisquei pesado, e a dor escorreu lentamente, depois, como cachoeira.
Ah, eu fui sútil nas minhas palavras, mas minha cabeça estava tão bagunçada que enquanto chorava lembrei de milhares de motivos para chorar, e chorei um a um.
Minha vida é um grande motivo para chorar. Não me resta nada bom, e as coisas que me faziam sentir viva hoje são as mesmas que assinam minha sentença.
É triste demais quando alguém que era seu herói se perder por uma heroína.
É triste demais perder todos os seus amores porque nenhum nunca foi seu.
É triste demais não conseguir ser maior do que tudo isso.
Ser insignificante no mundo.
E ir vendo, um a um, dos seus amigos se perderem, se mataram e sumirem de você.
Nunca estive tão sozinha como estou hoje.
Nunca estive tão perdida quanto estou hoje.
Nunca estive tão cansada quanto hoje.
Minha melhor paixão inventada
Você vai ser mais um motivo para eu escrever.
Um lindo motivo.
Queria que fosse mais do que uma inspiração. Queria que me deixasse sem fala, sem ar, sem chão. Que me tirasse as palavras e me desse alegria.
Mas é, bem que eu já esperava.
Sabe como eu sou, né ?
Gosto de amores inventados. Gosto mais ainda quando são difíceis.
Mas das minhas paixões inventadas você foi a melhor.
Agora você achou alguém de verdade pra te tirar da foça, achou alguém que possa te dar o que eu jamais poderia. Alguém para viver um amor que nunca vai acontecer comigo.
Até mais.
Um lindo motivo.
Queria que fosse mais do que uma inspiração. Queria que me deixasse sem fala, sem ar, sem chão. Que me tirasse as palavras e me desse alegria.
Mas é, bem que eu já esperava.
Sabe como eu sou, né ?
Gosto de amores inventados. Gosto mais ainda quando são difíceis.
Mas das minhas paixões inventadas você foi a melhor.
Agora você achou alguém de verdade pra te tirar da foça, achou alguém que possa te dar o que eu jamais poderia. Alguém para viver um amor que nunca vai acontecer comigo.
Até mais.
É outubro, já ?
Eu não notei, mas mudamos de calendário. Verdade, eu nunca noto nem quando se troca de estação. Também não reparei meu bem, que você foi ao salão para cortar os cabelos, ou que comprou uma roupa nova, desculpe, mas eu não notei.
É que eu só noto guria o que os olhos mostram e o que os lábios calam.
É que eu só noto guria o que os olhos mostram e o que os lábios calam.
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