segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A vida é triste

Estive pensando em como é triste a vida da gente.
A vida assim, sem mistificação. A vida é triste desde que a gente nasce, por isso choramos assim que saímos do útero da nossa mãe. Quando nossos pulmões se abrem e quando a gente começa a enxergar o mundo aqui fora deve ser a pior dor do mundo.
Ai a gente vai crescendo, vendo a luta diária dos nossos pais, mas somos novos demais pra ver que mamãe é infeliz e papai é o maior galinha. Lembro-me bem, que meu pai era meu herói, quanto eu tinha meus quatro anos, mesmo que pareça difícil lembrar, me lembro. Aos poucos a imagem de herói foi se perdendo. É, pra alguns é mais difícil do que pra outros. Mas não tô aqui pra comparar minha vida de interior com alguém que mora na favela.
Não, a vida não é triste só por causa das desigualdade social, nem nada disso. A vida é triste porque é só na morte que a gente tem tempo pra descansar.
É por isso que levo minha vida como acho que tem que ser. Todo dia pra mim é dia, não importa se é uma segunda-feira quente ou um sábado frio. A vida pra não ser triste tem que ser encarada como a morte. Pra viver feliz a gente tem que morrer primeiro, tem que deixar morrer essa nossa caretice que nos é dado como regra desde que pequenos.
Por isso a vida é bela, é bela porque é triste.

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