segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Pobre Roy

Enfim...
Um dos meus maiores passatempos é inventar paixões. Acho divertido ver as pessoas correndo atrás de mim e me jurando amor e fidelidade. Mais divertido ainda é encarar esses sentimentos como se fossem verdadeiros.
Não é maldade. Não estou brincando com ninguém, apenas digo o que querem escutar, ou o que me obrigam a dizer.
Juro, conheci algumas mulheres que se rastejavam apenas para ouvir um "eu te amo" mesmo que da boca pra fora, elas tinham alguma necessidade estranha de ouvir isso.
Bom, vivo apaixonado. As vezes por cinco garotas ao mesmo tempo, noutras por uma apenas, por um mês ou uma semana. As vezes minhas paixões duram meia hora.
Sentir-me assim, nesse constante fogo, me deixa vivo.
Uma mania que pode estar relacionada a essa outra é que sempre revivo o passado. Ressuscito amores antigos só para ter sobre o que escrever ou ter uma dor para sentir.
Tenho certeza que devem estar pensando "esse cara já teve um grande amor que o deixou tão frio." Pois bem, tive.
Tão grande o amor que eu sentia que ela não conseguiu retribuir. Não, não a matei. Ela quem me matou e ainda me mata só de lembrar daqueles olhos esverdeados. De qualquer forma a agradeço por tudo, afinal se não tivesse pisado tanto em mim eu não teria aprendido a pisar também.
Pois é, se hoje repito os passos dela é porque aprendi que quem não fere será ferido.
Se isso me causa remorso ?
Sinceramente hoje em dia nada mais me toca, ou me parece digno de choro. As vezes me pergunto para onde foi aquela criança que chorava em ver um cachorro abandonado na rua. Semana passada meu cachorro morreu e nada. Nem uma lágrima derramei pelo coitado.
Alias, gostava daquele cachorro. Sempre ouvia meus lamentos. Era o único que sabia dos meus sentimentos mais complexos.
Me faz falta aquele rabo balançando para lá e para cá. Sinto sua falta, pois sei que o amor que sentia por mim era verdadeiro, e me demonstrava isso quando mesmo depois de ser ignorado por mim o dia todo estava sempre disposto a me dar atenção a hora que eu quisesse. Me diga que humano é assim ?
Pobre Roy ...

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