segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Começando....

Eu sou egocêntrico e narcisista, a ponto de me sentir superior a qualquer um que cruze o meu caminho, as pessoas ao meu redor são como fãs, que me ajudam a inflar ainda mais meu ego com seus elogios exagerados em busca da minha simpatia.
Não me socializo se não houver ao menos alguma vantagem nessa relação. Não tenho amigos, todo mundo para mim pode ser substituído, além do mais deposito tanta confiança em mim que não sobra para ter em mais ninguém.
Alguns mais maldosos, me comparam a um vampiro, dizendo que eu sugo o melhor das pessoas e quando não há nada mais a se sugar apenas abandono os corpos e parto em busca de novas vitimas.
Entretanto, ao mesmo tempo que sou tão auto confiante, sou também depressivo e melancólico. Não sou daqueles que tem algumas crises de depressão durante a vida em um momento mais difícil ou algo assim. Minha melancolia é algo tão doentio que não sei viver de outra forma se não infeliz.  Me sinto desconfortável quando estou alegre, como se não fosse eu.
Minha depressão é meu estilo de vida, foi ela quem me ensinou tudo que sei hoje.
Me irrita plenamente ter que conviver com pessoas efusivas, e não é por inveja, e sim poque não vejo motivo para tanta euforia.
Creio que se as pessoas passassem mais tempo pensando na vida, uma grande parcela da população mundial se mataria, e quanto menos gente melhor.
Por falar em se matar, sou suicida também. Não, não me matei e essas não são minhas memórias póstumas, e meu nome não é Brás Cubas. Sou suicida pois me mato todos os dias.
Como ?
Eu explico: quando não estou pensando na morte ou escrevendo sobre, converso cara a cara com ela enquanto fumo meus cigarros, tomo meu conhaque e faço uso de minhas outras drogas.
Sem contar que me mato por pensamento, pelo menos umas cinco vezes no dia aponto uma arma imaginária para a cabeça e desejo que uma bala atravesse meu cérebro.
Penso em me matar pelo menos umas duas vezes por semana, as vezes quando não consigo lidar com a minha depressão penso nisso todo instante, e ainda planejo diversas mortes diferentes com os mais variados tipos de objetos que formam meu quarto. Se ainda não me matei é porque meu amor próprio é grande demais para que faça isso de uma vez. Fazer isso aos poucos foi a maneira que encontrei de manter uma vida equilibrada.
Algumas pessoas dizem que sou bipolar. Nunca fui ao um psiquiatra para que ele fizesse um diagnostico, pois embora eu adore remédios, odeio médicos. Além do mais o diagnóstico leva muito tempo, mais do que minha paciência toleraria. Pode ser que realmente seja, confesso que meu humor é muito instável e que minha produtividade diminui constantemente, além disso horas sou muito mais falante do que o comum. Mas talvez seja só coisa da minha cabeça que adora inventar problemas.
Outras pessoas apostam todas as suas fichas em que sou sociopata. Dizem que sou incapaz de sentir afeição por um ser humano que não seja eu mesmo, que sou incapaz de amar. Bom, se for isso explicaria muita coisa na minha vida, inclusive porque meus relacionamentos são tão rápidos e passageiros. Além do mais os sociopatas tem um charme e uma simpatia muito marcante quando os conhece... Mas não encaro isso como um defeito, ser manipulador, persuasivo e não conseguir amar não me parece um problema grave. Se fosse não buscaria ajuda, apenas aceitaria como uma parte que me torna esse ser adorável.
Embora eu seja plenamente romântico por algum motivo meus relacionamentos insistem em não dar certo. Três meses foi o maior tempo que consegui me manter em um namoro. Confesso que nem tão sincero, nem tão fiel. Até porque até hoje não consegui ser plenamente fiel a alguém, por mais que goste da pessoa, tenho uma necessidade muito grande em provar de novos sabores, além do que as pessoas me cansam muito rápido e quando começam a surgir os conflitos tenho uma tendência grande a trair.

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