sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Lamento ...

Eu era mais inteligente e mais forte quando não amava ninguém.
Mas acho que eu passei minha vida toda amando alguém... Amando e desamando, como um simples trocar de calendário.
Nunca fui fria sobre o amor, por mais que eu tenha tentado.
Eu sempre amei mais do que o necessário... Mas é que desde quando me lembro, sempre amei pelas duas partes.
Não amei muitos. Sempre odiei usar o "eu te amo"... Mas de repente eu percebi que as pessoas não se importam se é verdade ou não, elas só querem que você fale. Elas só gostam de acreditar que é verdade, mesmo que esteja na cara que não.
Enfim, o amor te tira tudo, e disso ninguém pode discordar.
Ele não te trás paz, ele te traz muito medos, ele te domina, você se torna apenas um fantoche do amor, um fantoche romântico porém melancólico.
Toda a minha tristeza tem um pouco de amor, ou da falta dele.
Todos os meus textos, todos os meus rabiscos, cada simples balbuciar de palavras meu transborda esse sentimento inútil e ingrato.
Só que essa é a busca eterna...
Buscando sempre algo que sabemos que acaba, algo que sabemos que machuca, mas algo que sem o qual nos sentimos seres humanos sem valor, porque desde cedo fomos ensinados que falta uma parte, uma parte que está em outra pessoa.
Ah, tudo seria mais fácil se a gente só precisasse das coisas que estão dentro de nós.
Tudo seria mais fácil se fossemos mais racionais, e se abríssemos os olhos para ver e limpássemos os ouvidos para ouvir que o amor mata. 

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