terça-feira, 17 de julho de 2012
O amor bate a aorta
Cantiga de amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os oculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores
hoje tem filme do Carlito!
O amor bate na porta
O amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei,
Cardiaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeiras
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes
Certos acidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria
Amor é bicho instruido,
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
ás vezes não sara nunca
ás vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo corpos, vejo almas
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário