Ei, vamos ser um pouco nostálgicos ?
Dia 28 de novembro de 2010 ... eu nunca vou esquecer. Foi o dia que eu nasci, ou o dia que uma parte de mim morreu, talvez a inocência tenha sido sepultada nesse dia, ou qualquer outra coisa que faz uma certa falta agora. Mas se querem falar de saudade, se querem falar de amor, me deixem contar essa história.
Eu não sei o que aconteceu naquela noite, não porque não me lembro precisamente, mas sim porque vai além do raciocínio lógico, foi mágico, seria um milagre se não fosse tão triste.
Ele sorriu para mim antes de encostar os lábios tremendo, nos meus igualmente trêmulos. Quando eu fui embora já não era mais eu, nada pareceu igual, e me lembro de ter olhado pela janela do carro em movimento e pensado "que noite perfeita".
Não sei se foi ali que me apaixonei, talvez tenha sido muito antes daquele dia, ou se foi muito antes de conhece-lo. Nada disso era minha intenção, entendem ? Ama-lo além da conta, sem limites, ama-lo mais do que a mim mesma, ser tão dependente das lembranças e do cheiro dele que nunca muda... Nada disso era minha intenção.
Eu queria ter alguém para culpar, alguém que assumisse a culpa por tudo, que me livrasse da dor de não entender o porque... Mas não há culpados. Eu me apaixonei perdidamente, ele apenas se perdeu...
Se ele prestasse atenção a cada vez que me encontra por ai, perceberia o quanto meus olhos gritam desesperadamente por uma gota de um amor que não existe. Se ele percebesse que nas rodas de amigos meus olhos sempre estão compenetrados nele, que meus textos, como este, são exclusivamente para tentar aliviar o peito desse amor espinhoso.
Nós poderíamos ter dado certo se eu não o amasse tanto.
Outras conseguiram o que eu não consegui alcançar, tê-lo, possui-lo, mas não tem poesia, não é de verdade, são frases prontas, beijos carnais, não chega nem perto do que eu teria para oferecer. Não as invejo, mas as vezes tenho raiva, não por estarem com ele mas sim por não darem o devido valor, o que eu daria.
Foram só três noites, há três anos, e eu não consigo esquecer.
Ele é tudo, o motivo de todas as coisas, o inicio da minha existência... Ele é o vicio que tento esconder, minha maior abstinência, uma carência estúpida, uma dor latejante, o amor mais sem motivo que eu poderia ter.
E eu disse para ele um dia, "ninguém nunca vai te amar como eu", e eu juro que até hoje não vi nada que se assemelhe... E você ?
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