sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ah, teu tolo


Passei só pra avisar, querido, teus olhos caídos refletem uma aura enorme, uma tristeza enorme, pronta para se auto destruir.
Eu te pedi paciência, e no meio da sua audiência, do seu juízo final, eu soltei as amarras e tu caiu, livre.
Longe da minha vida, e dos meus pensamentos, das minhas dividas e minhas cobranças, você não cresceu, nada. Por mais que pense que agora tudo se resolve, devo alerta-lo que não, querido, não estamos nem perto de chegar a um acordo.
Talvez se tu pudesse parar de correr, parar de olhar para si mesmo e reconhecer ao seu redor milhares de vidas e formas, refletiria mais sobre a lei da ação e reação. Ouça com atenção, a batida do meu coração desacelerado, calmo, sereno. Tente comparar com o teu que pulsa rápido, mas pulsa desregulado.
Não que eu queira que tu viva a minha maneira, mas tente encontrar no universo um lugar para você, por enquanto, este lugar fica muito distante de mim.

Teu amor Efêmero


As estrelas eram tuas; Não todas, pois tive que deixar algumas para inspiração dos músicos e dos apaixonados; Reservei outras para serem entregues a outros amores, de outras pessoas; As restantes serviram para iluminar a noite de tons negros. Mas enfim, uma delas, pode ter certeza, era tua.
Tu recusou receber aquele brilho, se negou a ser guiado por qualquer luz que pudesse, outrora, ter sido minha. Desapareceu, como o vento desaparece depois de destruir uma cidade inteira, na calada da noite. Tu desapareceu e mesmo sabendo onde estavas não podia te procurar, porque era errado, porque era inútil, porque não valia a pena.
Agora volta, pedindo perdão, mesmo depois da tua falta ter fanado todas as flores do meu jardim. Me recuso a acreditar em ti, pois conheço esse seu amor efêmero, conheço suas artimanhas, já participei do teu jogo cruel, doloroso e egocêntrico.
Então passe para longe de mim; Volte para a caverna em que se abrigava; E esqueça o brilho que tua estrela tinha, ela há muito se apagou, e virou apenas poeira nos cosmos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Meu sangrento e bipolar amor

Nas ultimas semanas tenho passado muito bem, obrigado. Não quero ser rude ao lhe dizer, mas entenda Doralice, que entre todas as mulheres que já conheci, nos meus exaustivos dias de vida, nenhuma outra me causa tanta repulsa. Há controversas, digo isso pois, aparentemente a cada centímetro de ódio que cresce dentro de mim o amor cresce duas vezes mais.
Olhe para mim, querida Doralice; Olhe bem para os meus olhos e deixe que a bala penetre o coração que você não quis me dar. Olha pra minha cara, Doralice, veja nesses olhos inchados, o amor intenso brilhando, bailando, fogo desordenado de ódio puro.
Feche os olhos, e sinta, sinta os meus lábios roçando nos teus, querida Doralice, feche os olhos e se afogue no teu próprio sangrar. Abra os olhos e me veja virando as costas. Me veja ir embora, Doralice, enquanto suplica. Enquanto eu choro por pensar, que eu amo, que eu preciso, que eu matei, Doralice.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Volto logo

Ultimamente, não tenho tido muitas coisas para escrever. Talvez agora, seja a hora de viver um pouco, para ter do que falar, o que contar, alguma nova ilusão pra sentir.
Vou sair um pouco, deixar o sol bater no rosto, iluminar a alma.
Volto logo mais, com ainda mais peso nos ombros e mais frases tocantes.

Um dia te ver vai ser normal


Sem arrependimentos passados. Solto, pouco a pouco, minhas bagagens. Vou desfazendo as malas, limpando as gavetas mentais. Reclamando um pouco menos pra tentar viver um pouco mais.  Talvez de certo, quem sabe ao fim de tudo, vai ser eu a mais feliz. Hoje minha tristeza tem nome, mas não tem forma, não tem sentido. E as coisas mais tolas não deveriam incomodar. Diferente de todas eu posso viver com isso, sem isso.
Sempre gostei do sépia, é como um equilíbrio, para o meu extremismo patológico. Enfim, me perdi aqui, entre tantas fotos, tantos fatos. Nada que uma boa faxina mental não resolva. Até logo, um dia gente se vê, e vai ser um dia normal.